O Círculo (The Circle, Emirados Árabes Unidos / EUA, 2017) –
Nota 6,5
Direção – James Ponsoldt
Elenco – Emma Watson, Tom Hanks, Karen Gillan, John Boyega,
Ellar Coltrane, Bill Paxton, Glenne Headly, Patton Oswalt.
A jovem Mae (Emma Watson) fica eufórica quando sua amiga
Annie (Karen Gillan) consegue para ela uma entrevista na maior empresa de
tecnologia do mundo chamada The Circle. Mae é aprovada e começa a trabalhar no
setor de atendimento.
Ela se surpreende com a grandiosidade da empresa, com a
importância que os colaboradores dão para o relacionamento interpessoal, para o
interesse de algumas pessoas em ajudar seu pai (Bill Paxton) que sofre com um
doença degenerativa e pelo carisma do fundador Eamon Bailey (Tom Hanks). Ao
mesmo tempo em que Mae percebe que os produtos da empresa visam um domínio
global, ela se deixa levar pelo ego e pelas vantagens pessoais.
O roteiro escrito pelo
diretor James Ponsoldt apresenta uma premissa interessantíssima. A crítica as
grandes empresas de tecnologia (Google e Facebook principalmente) que visam um
controle exagerado das informações é extremamente atual, porém o problema é que
o roteiro se perde à partir do momento em que se transforma numa espécie de Big
Brother. Surgem as alfinetadas contra os patrulheiros virtuais, o perigo da
exposição exagerada e outras situações relacionadas ao assunto, mas sem
qualquer tipo de aprofundamento.
Voltando a primeira parte do longa, um ponto
extremamente bem pensado é a forma como a protagonista é tratada assim que
começa a trabalhar. Quem trabalha ou trabalhou em uma grande empresa com
certeza presenciou ou até sentiu na pele a pressão exercida para “fazer parte
do time”, muitas vezes disfarçada de sorrisos e palavras de apoio, quando na
verdade o objetivo é “domar” o colaborador, evitando qualquer tipo de
questionamento ou rebeldia.
O elenco não se destaca. A bela Emma Watson não
chega a comprometer, mas não também não brilha, enquanto Tom Hanks parece
apenas se divertir enquanto espera receber o cachê pelo trabalho.
Finalizando,
se nossas urnas eletrônicas são merecidamente questionadas, imagine se algum
dia nosso voto fosse computado direto pelo perfil do Facebook ou do Google? En determinado momento o roteiro coloca a possibilidade em discussão, fato que parece absurdo, mas que não é impossível ocorrer no futuro.
7 comentários:
Os últimos três filmes que assisti do Tom Hanks foram uma incógnita. Vamos ver esse! Realmente a premissa parece interessante e vale uma boa conferida. Em breve...
abraço
Marcelo - A premissa é melhor que o filme. O roteiro se perde na segunda parte.
Abraço
Não acho interessante.
Acho que para mim é uma perda de tempo.
Parece um filme complicado.
Liliane - A premissa é ótima. O filme inteiro apenas razoável.
Pois é, ele abre essa possibilidade do voto no Facebook ou Google, mas não aprofunda a discussão, como não aprofunda muitas outras questões. Um filme que prometia mais.
bjs
Amanda - É uma pena, o potencial da premissa era enorme.
Bjos
nossa, vc resumiu corretamente: "É uma boa ideia que foi desperdiçada." eu acho muito interessante ela ser seduzida principalmente pela questão familiar. as empresas são muito hábeis na manipulação dando apoio ao pai doente. no começo a mãe diz q o plano nao vai cobrir um remédio e que terá um custo de 40 mil e vemos que a família está sucateada. ah, vc tb não gostou das interpretações, tb achei sofríveis. eu acho q handmaid questiona bem melhor a manipulação. o final de o círculo é patético. ela alegrinha que seguem até qd ela vai no banheiro é ridículo. os patrocinadores devem ser essas empresas controladoras pra parecer tudo normal, só depende de como se usa. sei. beijos, pedrita
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