O Crítico (El Critico, Argentina / Chile, 2013) – Nota 6,5
Direção – Hernan Guerschuny
Elenco – Rafael Spregelburd, Dolores Fonzi, Ignacio Rogers,
Telma Crisanti, Ana Katz, Daniel Kargieman.
Victor Tellez (Rafael Spregelburd) é um veterano crítico de
cinema que escreve para um jornal de Buenos Aires. Frustrado com a vida, Tellez
também não sente prazer algum com cinema. Suas críticas geralmente detonam os
filmes românticos.
Sua vida muda quando cruza o caminho de Sofia (Dolores
Fonzi), uma mulher com temperamento completamento diferente. Sem entender, aos
poucos Tellez se envolve com Sofia como se fosse uma história de amor igual aos
filmes que ele detesta.
A proposta do roteiro escrito pelo diretor Hernan
Guerschuny funciona apenas em parte. É interessante como Tellez e seus colegas
de crítica assistem aos filmes em uma pequena sala como obrigação, sem
entusiasmo ou reação alguma. Parecem aqueles funcionários que cumprem o horário
pensando em ir para casa, para depois se reunirem no bar e falarem mal do
emprego.
A escolha de fazer com que o protagonista sofra por amor, da mesma forma que os personagens dos filmes que ele crítica, é uma espécie de piada que brinca
com os clichês dos filmes românticos.
Um ponto falho está na subtrama que se mostra caricata sobre um jovem
cineasta que odeia Tellez e o persegue.
Como opinião pessoal, acredito
que o filme seria melhor se o roteiro explorasse mais a questão da relação
pessoal do crítico com o cinema, deixando um pouco de lado o envolvimento
amoroso que em momento algum engrena.
6 comentários:
Essa pegada irônica do filme me intriga, tanto que já tive vontade de assistir. Porém, confesso que não curto muito sátiras românticas. Não sei, percebi que você não gostou muito.
Mas deve ser interessante esse lado do cinema, mesmo que não explore muito.
Bjs ;)
Acho que ia gostar.
Normalmente histórias de amor e de vidas, me interessam.
Vc assistiu Divida de Honra, o faroeste que comentei?
Vc acha que a personagem se enforca porquê?
Queria poder me pendurar num IPAD ou no Computador e ficar vendo filmes e mais filmes.
Ana - Eu esperava mais por causa da premissa. Como citei no texto, o romance não convence.
Liliane - Ele se enforca por causa dos sofrimentos que enfrentou, incluindo ser rejeitado pelos homens.
É isso, gosto da premissa do crítico, das discussões pós cabines, etc. Mas, essa ideia de fazer uma comédia romântica fingindo está ironizando ela, acaba sendo boba.
bjs
Eu gostei do filme, soube brincar com a figura do crítico, muito bem protagonizado por Rafael Spregelburd, e os clichês das comédias românticas. Tenho anotado uma frase do filme que diz:
"Há dois tipos de pessoas. Aquelas que, ao sair do cinema, vão até o bar e falam, falam para explicar uns aos outros o que acabaram de ver. E aquelas que, ao sair caminham, caminham para evitar que se esvaia a sensação que estão sentindo."
Amanda - Também não gostei da escolha do diretor.
Marília - Esta ótima frase que você cita, está muito mais ligado a atuação do crítico do cinema, do que a trama romântica criada pelo diretor. Por isso, acredito que o roteiro poderia ter ser aprofundado na vida profissional do crítico.
Abraço
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