Domésticas (Brasil, 2001) – Nota 7,5
Direção – Fernando Meirelles
Elenco – Claudia Missura, Graziela Moretto, Lena Roque,
Olivia Araújo, Renata Melo, Tiago Moraes, Robson Nunes.
Um ano antes de explodir com “Cidade de Deus”, o diretor
Fernando Meirelles comandou este interessante drama que segue a vida cotidiana
de quatro empregadas domésticas, focando em seu sonhos, amores, trabalho e
frustrações. É uma trama simples que foge dos clichês novelescos e apresenta
personagens bens próximas da realidade. Meirelles mostrava aqui que tinha
potencial, mas duvido que alguém imaginasse que ele chegaria tão longe na
carreira.
Hans Staden (Brasil / Portugal, 1999) – Nota 6
Direção – Luiz Alberto Pereira
Elenco – Carlos Evelyn, Beto Simas, Ariana Messias, Stênio
Garcia, Sérgio Mamberti, Claudia Liz.
No século XVI, o marinheiro alemão Hans Staden (Carlos Evelyn)
estava no Brasil a serviço da Coroa Portuguesa quando foi capturado pelos
Tupinambás, uma tribo de índios canibais. Utilizando sua inteligência e com a
ajuda de sorte, Staden conseguiu se manter vivo entre os índios por vários
meses, inclusive casando com uma índia, até ser resgatado. O longa é baseado em
uma história real que virou livro escrito pelo próprio Hans Staden. A narrativa
é um pouco cansativa e os diálogos em tupi guarani deixam tudo ainda mais
estranho. O filme foi lançado primeiro na HBO do Brasil e posteriormente nos
cinemas. Vale apenas como curiosidade.
Nós Que Aqui Estamos Por Vós Esperamos (Brasil, 1999) – Nota
8
Direção – Marcelo Masagão
Este ótimo documentário que retrata a vida e a morte de
famosos e pessoas comuns através de imagens gravadas durante o século XX,
mistura conflitos, violência e avanço tecnológico, entre outros temas. O
diretor Marcelo Masagão não utiliza narração ou legendas para explicar, a
proposta é amarrar a história através de imagens diversas. O título se refere a
um letreiro que existe na entrada de um cemitério no interior de São Paulo.
Castelo Rá-Tim-Bum (Brasil, 1999) – Nota 5,5
Direção – Cao Hamburger
Elenco – Marieta Severo, Rosi Campos, Sergio Mamberti,
Diegho Kozievitch, Matheus Nachtergaele, Pascoal da Conceição, André Abujamra.
É um daqueles filmes que assistimos por acaso, as vezes por
falta de opção. A trama mostra a luta da família Stradivarius em salvar o Castelo
que é alvo de uma feiticeira (Marieta Severo) que roubou o livro de magias de
Morgana (Rosi Campos). É até hoje uma das produções mais caras do cinema
brasileiro, que por sinal não se pagou nas bilheterias. Não sei se conseguiu
fechar as contas com as vendas no mercado de dvd na época. É indicado basicamente
para os fãs da série de tv.
Bar Esperança (Brasil, 1983)
– Nota 7
Direção – Hugo Carvana
Elenco – Marília Pêra, Hugo
Carvana, Paulo César Peréio, Silvia Bandeira, Wilson Grey, Louise Cardoso,
Nelson Dantas, Antonio Pedro.
Em um conhecido bar no bairro de Ipanema
no Rio de Janeiro, um grupo de artistas e intelectuais se encontra para beber,
reclamar da vida e dos relacionamentos. Os personagens são um roteirista de tv que odeia seu trabalho (Hugo Carvana), sua esposa (Marília Pêra) que é uma famosa atriz de novelas, um beberrão sarcástico (Antonio Pedro), um casal que
vive brigando (Paulo César Peréia e Silva Bandeira), entre outras figuras. O
falecido Hugo Carvana era um astro de novelas quando decidiu comandar algumas
comédias para o cinema nos anos setenta e conseguiu seu maior sucesso neste
interessante “Bar Esperança”, que explora o estilo de vida da boêmia carioca na
época. Os diálogos cheios de ironia e alguns toques de tristeza são os pontos
altos do filme ao lado dos personagens carismáticos.
O Sonho Não Acabou (Brasil, 1982) – Nota 6,5
Direção – Sérgio Rezende
Elenco – Lauro Corona, Lucélia Santos, Louise Cardoso, Daniel
Dantas, Miguel Falabella, Chico Diaz, José Dumont.
Brasília, início dos anos oitenta. No final da ditadura
militar, um grupo de jovens tenta encontrar seu caminho em um novo país que
parecia nascer. Dividindo o tempo entre trabalho, festas e eventos culturais,
eles também precisam aprender a se relacionar. O filho de um político (Miguel
Falabella) cria um laço de amizade com um mecânico (Chico Diaz), um sujeito
sonhador (Daniel Dantas) se mostra perdido na vida e um casal
apaixonado (Lauro Corona e Lucélia Santos) curtem o momento. Deixando de lado o
fundo político hoje envelhecido, o longa é interessante por explorar a vida da juventude da classe média da época.
8 comentários:
adoro domésticas. não vi hans staden. amo nós aqui que estamos por vós esperamos. vi no cinema com palestra do marsagão. foi incrível. merecia um post grande. tb adorei rá tim bum filme. os outros não vi. beijos, pedrita
Pedrita - O doc de Marsagão é extremamente interessante e "Domésticas" tb é um bom filme.
Bjos
Eu também adoro "Domésticas", um retrato bem humorado, inteligente e emocionante da vidas das empregadas domésticas. Existem semelhanças com "Cidade de Deus", como a realidade brasileira, mas aqui retratada em São Paulo e o assalto frustrado no ônibus.
"Castelo Rá-Tim-Bum" foi uma decepção. Lembro de ir ao cinema com alguma expectativa. Hoje em dia continuo amando a série que marcou a minha infância, mas o Hamburger quis fazer algo completamente diferente da série.
Abraço.
Rodrigo - Realmente os dois filmes de Meirelles focam realidades difíceis, logicamente que o conteúdo de "Cidade de Deus" é muito mais forte.
Sou um pouco mais velho, por isso não acompanhei a série "Castelo Rá-Tim-Bum". Assisti o filme por acaso e não gostei.
Abraço
Vou procurar vê Domésticas, que parece documentário e amo Documentários.
Bar Esperança eu vi faz muitos anos. E gostei.
Liliane - Domésticas é um bom jogo, simples e muito próximo da realidade.
Sempre quis ver Bar Esperança, mas acabei não conferindo. Fiquei com mais vontade de ir atrás.
bjs
Amanda - É um filme interessante sobre a boêmia carioca.
Bjos
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