Família Rodante (Familia Rodante, Argentina / Brasil / França / Alemanha
/ Espanha / Inglaterra, 2004) – Nota 7
Direção – Pablo Trapero
Elenco – Graciana Chironi, Nicolas Lopez, Liliana Capurro, Ruth Dobel,
Marianela Pedano, Bernardo Forteza.
No seu aniversário de oitenta e quatro anos, Emilia (Graciana Chironi)
recebe um telefonema de uma parente que mora no interior da Argentina a
convidando para ser madrinha de casamento de sua filha.
Animada, Emilia combina
com sua família uma viagem de Buenos Aires até o local do casamento. Em um
velho trailer, Emilia, suas duas filhas, os maridos, netos e um bisneto pegam
estrada. A longa viagem trará à tona vários problemas familiares.
O foco dos
trabalhos do diretor Pablo Trapero é mostrar o lado obscuro da sociedade
argentina. Cada filme destrincha um tema. Em “Leonera” ele mostra a vida em uma
prisão feminina, em “Abutres” vemos o mundo das fraudes de seguro, em “Elefante
Branco” conhecemos a violência em uma favela argentina e em “Outro Lado da Lei”
o tema é a corrupção policial.
Aqui, Trapero aponta sua arma para a falsidade
das relações familiares, que geralmente explodem quando as pessoas são
obrigadas a conviver durante algum tempo.
Algo que incomoda um pouco neste
longa é o estilo rústico da narrativa. São muitas cenas na estrada pontuadas
por uma estranha trilha sonora, além da pobreza e da falta de estrutura do
interior argentino, que por sinal é retratado de forma realista. As
interpretações espontâneas é outro ponto que leva realismo a trama.
É um road
movie cheio de dramas e frustrações.
2 comentários:
Muito bom, sou fã dos trabalhos de Pablo Trapero. Sempre realista.
Marília - O cinema de Trapero sempre explora temas complexos.
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