Um Século em 43 Minutos (Time After Time, EUA, 1979) – Nota 7,5
Direção – Nicholas Meyer
Elenco – Malcolm McDowell, David Warner, Mary Steenburgen, Patti
D’Arbanville, Charles Cioffi, Corey Feldman.
Londres, 1893. Enquanto a população está apavorada com os ataques de Jack,
o Estripador, o escritor H. G. Wells (Malcolm McDowell) mostra animação ao
mostrar a um grupo de amigos sua nova invenção. Wells alega ter criado uma
máquina do tempo.
Entre seus convidados está John Leslie Stevenson (David
Warner), o verdadeiro assassino. Com a polícia chegando perto de descobrir sua
identidade, Stevenson usa a máquina de Wells para fugir. Pouco tempo depois,
Wells percebe que o desaparecimento do amigo está ligado a sua máquina e
resolve perseguir o sujeito. Ele é transportado para a San Francisco de 1979 e para
sua surpresa, o futuro é bem diferente do que imaginava.
Mesmo praticamente
esquecido, este longa é um verdadeiro clássico da ficção recheado de ótimas
ideias. O roteiro insere personagens reais em uma trama de ficção com pitadas
de suspense e romance. H. G. Wells era um visionário que viveu na mesma época
de Jack, o Estripador e escreveu várias clássicos da ficção como “A Máquina do
Tempo”. “A Ilha do Dr. Moreau” e “A Guerra do Mundos”, livros que se
transformaram em filmes. O verdadeiro John Leslie Stevenson foi um dos vários
suspeitos de ter sido Jack, o Estripador, cuja identidade ainda hoje é um
mistério.
Um dos trunfos do filme é focar na história, deixando os efeitos
especiais em segundo plano, ressaltando que na época os longas de ficção
seguiam a receita de “Guerra nas Estrelas”. Este pé no chão da narrativa cria empatia com
o personagem principal, que mesmo sonhando a vida inteira com o futuro, sofre
para se adaptar a modernidade da época. O lado romântico fica com a entrada em
cena de uma funcionária de banco vivida por Mary Steenburgen, que ajuda o
protagonista em sua caçada ao assassino.
Como curiosidade, o então astro
Malcolm McDowell e a atriz Mary Steenburgen se conheceram durante as filmagens
e se casaram no ano seguinte, vivendo juntos por uma década. Hoje, a atriz está
casada com o astro de tv Ted Danson.
Finalizando, o diretor Nicholas Meyer chamou
atenção mundialmente ao dirigir para tv em 1983 o drama sobre o holocausto
nuclear chamado “O Dia Seguinte”, longa que causou grande polêmica e assustou
muita gente ao mostrar as consequências de um ataque nuclear.
3 comentários:
Não sei se gostaria.
Não gosto de ficção.
Ainda não terminei de vê História de amor que vc já comentou.
O que estou gostando é do personagem que pede para se aposentar e se arrepende.
Ainda não vi o que vai dar.
Ahh, adoro esse filme! Depois de If e Laranja Mecânica, o meu predileto do Malcolm McDowell.
Vontade de rever, depois de seu texto.
Abs.
Liliane - O filme é um misto de ficção, aventura e romance, bem diferente das obras atuais que exploram apenas os efeitos especiais.
Rodrigo - É um filme que vai além da memória afetiva, realmente tem uma história muito bem elaborada.
Abraço
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