quinta-feira, 26 de maio de 2016

Um Século em 43 Minutos

Um Século em 43 Minutos (Time After Time, EUA, 1979) – Nota 7,5
Direção – Nicholas Meyer
Elenco – Malcolm McDowell, David Warner, Mary Steenburgen, Patti D’Arbanville, Charles Cioffi, Corey Feldman.

Londres, 1893. Enquanto a população está apavorada com os ataques de Jack, o Estripador, o escritor H. G. Wells (Malcolm McDowell) mostra animação ao mostrar a um grupo de amigos sua nova invenção. Wells alega ter criado uma máquina do tempo. 

Entre seus convidados está John Leslie Stevenson (David Warner), o verdadeiro assassino. Com a polícia chegando perto de descobrir sua identidade, Stevenson usa a máquina de Wells para fugir. Pouco tempo depois, Wells percebe que o desaparecimento do amigo está ligado a sua máquina e resolve perseguir o sujeito. Ele é transportado para a San Francisco de 1979 e para sua surpresa, o futuro é bem diferente do que imaginava. 

Mesmo praticamente esquecido, este longa é um verdadeiro clássico da ficção recheado de ótimas ideias. O roteiro insere personagens reais em uma trama de ficção com pitadas de suspense e romance. H. G. Wells era um visionário que viveu na mesma época de Jack, o Estripador e escreveu várias clássicos da ficção como “A Máquina do Tempo”. “A Ilha do Dr. Moreau” e “A Guerra do Mundos”, livros que se transformaram em filmes. O verdadeiro John Leslie Stevenson foi um dos vários suspeitos de ter sido Jack, o Estripador, cuja identidade ainda hoje é um mistério. 

Um dos trunfos do filme é focar na história, deixando os efeitos especiais em segundo plano, ressaltando que na época os longas de ficção seguiam a receita de “Guerra nas Estrelas”. Este pé no chão da narrativa cria empatia com o personagem principal, que mesmo sonhando a vida inteira com o futuro, sofre para se adaptar a modernidade da época. O lado romântico fica com a entrada em cena de uma funcionária de banco vivida por Mary Steenburgen, que ajuda o protagonista em sua caçada ao assassino. 

Como curiosidade, o então astro Malcolm McDowell e a atriz Mary Steenburgen se conheceram durante as filmagens e se casaram no ano seguinte, vivendo juntos por uma década. Hoje, a atriz está casada com o astro de tv Ted Danson. 

Finalizando, o diretor Nicholas Meyer chamou atenção mundialmente ao dirigir para tv em 1983 o drama sobre o holocausto nuclear chamado “O Dia Seguinte”, longa que causou grande polêmica e assustou muita gente ao mostrar as consequências de um ataque nuclear. 

3 comentários:

Liliane de Paula disse...

Não sei se gostaria.
Não gosto de ficção.

Ainda não terminei de vê História de amor que vc já comentou.
O que estou gostando é do personagem que pede para se aposentar e se arrepende.
Ainda não vi o que vai dar.

Rodrigo Mendes disse...

Ahh, adoro esse filme! Depois de If e Laranja Mecânica, o meu predileto do Malcolm McDowell.
Vontade de rever, depois de seu texto.

Abs.

Hugo disse...

Liliane - O filme é um misto de ficção, aventura e romance, bem diferente das obras atuais que exploram apenas os efeitos especiais.

Rodrigo - É um filme que vai além da memória afetiva, realmente tem uma história muito bem elaborada.

Abraço