Every Secret Thing (Every Secret Thing, EUA, 2014) – Nota 6
Direção – Amy Berg
Elenco – Diane Lane, Elizabeth Banks, Dakota Fanning, Danielle
Macdonald, Nate Parker, Common, Sarah Sokolovich.
Numa típica cidade americana, duas garotas pré-adolescentes sequestram
um bebê que acaba morrendo. Após cumprirem pena em uma penitenciária juvenil,
as duas tentam retomar a vida. Ronnie (Dakota Fanning) consegue trabalho em
uma padaria, enquanto a gordinha Alice (Danielle Macdonald) é pressionada pela
mãe (Diane Lane) para encontrar um emprego. Quando outra criança é sequestrada,
as duas jovens se tornam novamente suspeitas na investigação da detetive Nancy
(Elizabeth Banks).
O roteiro divide a história em duas narrativas.
Nos dias atuais, as atitudes das jovens deixam o espectador e a detetive em
dúvida sobre a participação no novo desaparecimento, além de detalhar as
consequências psicológicas do crime cometido no passado na vida das pessoas envolvidas. A
segunda narrativa detalha em flashbacks o que realmente aconteceu no sequestro
do bebê.
A premissa é interessante, mas infelizmente a diretoria Amy Berg, que
estreava comandando um longa, não consegue impor um ritmo, resultando numa
narrativa fria e arrastada. O roteiro também explica mal a questão do primeiro
sequestro, além de não explorar devidamente a questão racial, já que as duas
crianças sequestradas são negras e de passagem é citado que o bebê é neto do
primeiro juiz negro da região. O bom argumento acaba desperdiçado.
Em Busca de Justiça (The Take, EUA, 2007) – Nota 5,5
Direção – Brad Furman
Elenco – John Leguizamo, Tyrese Gibson, Rosie Perez, Bobby Cannavale,
Matthew Hatchette, Yul Vazquez, Jake Muxworthy, Roger Guenveur Smith, Laurence
Mason.
Felix De La Pena (John Leguizamo) trabalha como motorista de carro-forte
e mora em uma bairro latino de Los Angeles com a esposa (Rosie Perez) e um
casal de filhos adolescentes. Em um dia aparentemente normal de trabalho, ao
parar o veículo para fazer uma coleta, seu parceiro (Yul Vazquez) é atacado por
três ladrões. O violento líder dos assaltantes (Tyrese Gibson) alega conhecer a
família de Felix e o obriga a dirigir o veículo sem acionar o alarme até a sede
da empresa de segurança. Lógico que o crime não termina bem e Felix se torna
suspeito ao olhar de uma dupla de detetives do FBI.
O inocente acusado
injustamente é personagem comum no gênero policial, o que diferencia a situação
neste longa são os furos no roteiro que transformam a teoria dos policiais em
absurda, sem contar a péssima investigação que ignora outros suspeitos.
A
perseguição final que começa em frente a uma casa e passa por diversos lugares,
inclusive um grande mercado popular é patética, lembra os piores filmes
policiais brasileiros dos anos setenta, incluindo uma irritante trilha sonora
latina.
O diretor Brad Furman acertou a mão no interessante “O Poder e a
Lei” de 2011, mas voltar a errar feio com “Aposta Máxima” de 2013.
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