quinta-feira, 12 de maio de 2016

Every Secret Thing & Em Busca de Justiçca


Every Secret Thing (Every Secret Thing, EUA, 2014) – Nota 6
Direção – Amy Berg
Elenco – Diane Lane, Elizabeth Banks, Dakota Fanning, Danielle Macdonald, Nate Parker, Common, Sarah Sokolovich.

Numa típica cidade americana, duas garotas pré-adolescentes sequestram um bebê que acaba morrendo. Após cumprirem pena em uma penitenciária juvenil, as duas tentam retomar a vida. Ronnie (Dakota Fanning) consegue trabalho em uma padaria, enquanto a gordinha Alice (Danielle Macdonald) é pressionada pela mãe (Diane Lane) para encontrar um emprego. Quando outra criança é sequestrada, as duas jovens se tornam novamente suspeitas na investigação da detetive Nancy (Elizabeth Banks). 

O roteiro divide a história em duas narrativas. Nos dias atuais, as atitudes das jovens deixam o espectador e a detetive em dúvida sobre a participação no novo desaparecimento, além de detalhar as consequências psicológicas do crime cometido no passado na vida das pessoas envolvidas. A segunda narrativa detalha em flashbacks o que realmente aconteceu no sequestro do bebê. 

A premissa é interessante, mas infelizmente a diretoria Amy Berg, que estreava comandando um longa, não consegue impor um ritmo, resultando numa narrativa fria e arrastada. O roteiro também explica mal a questão do primeiro sequestro, além de não explorar devidamente a questão racial, já que as duas crianças sequestradas são negras e de passagem é citado que o bebê é neto do primeiro juiz negro da região. O bom argumento acaba desperdiçado. 

Em Busca de Justiça (The Take, EUA, 2007) – Nota 5,5
Direção – Brad Furman
Elenco – John Leguizamo, Tyrese Gibson, Rosie Perez, Bobby Cannavale, Matthew Hatchette, Yul Vazquez, Jake Muxworthy, Roger Guenveur Smith, Laurence Mason.

Felix De La Pena (John Leguizamo) trabalha como motorista de carro-forte e mora em uma bairro latino de Los Angeles com a esposa (Rosie Perez) e um casal de filhos adolescentes. Em um dia aparentemente normal de trabalho, ao parar o veículo para fazer uma coleta, seu parceiro (Yul Vazquez) é atacado por três ladrões. O violento líder dos assaltantes (Tyrese Gibson) alega conhecer a família de Felix e o obriga a dirigir o veículo sem acionar o alarme até a sede da empresa de segurança. Lógico que o crime não termina bem e Felix se torna suspeito ao olhar de uma dupla de detetives do FBI. 

O inocente acusado injustamente é personagem comum no gênero policial, o que diferencia a situação neste longa são os furos no roteiro que transformam a teoria dos policiais em absurda, sem contar a péssima investigação que ignora outros suspeitos. 

A perseguição final que começa em frente a uma casa e passa por diversos lugares, inclusive um grande mercado popular é patética, lembra os piores filmes policiais brasileiros dos anos setenta, incluindo uma irritante trilha sonora latina. 

O diretor Brad Furman acertou a mão no interessante “O Poder e a Lei” de 2011, mas voltar a errar feio com “Aposta Máxima” de 2013. 

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