Trumbo: Lista Negra (Trumbo, EUA, 2015) – Nota 7,5
Direção – Jay Roach
Elenco – Bryan Cranston, Diane Lane, Louis C. K.. John
Goodman, Helen Mirren, Alan Tudyk, Elle Fanning, Michael Stuhlbarg, Christian
Berkel, Adewale Akinnuoye Agbaje, David James Elliott, Roger Bart, John Getz,
Richard Portnow, Stephen Root, Dean O’Gorman.
Hollywood, 1947. Dalton Trumbo (Bryan Cranston) é o
roteirista com maior salário na cidade, mas ao invés de aproveitar a vida
tranquilamente, o que faria qualquer outro em seu lugar, prefere participar de
protestos por melhores salários para os trabalhadores da indústria do cinema,
além de se associar ao Partido Comunista.
Na mesma época, o governo americano inicia
a chamada “Caça às Bruxas”, convocando para depor no congresso todos aqueles
que foram considerados suspeitos de atividades antiamericanas. Junto com alguns
outros roteiristas, Trumbo é colocado numa lista negra e por consequência sendo
dispensado do trabalho. Desempregado e respondendo a um processo que pode
levá-lo para cadeia, ele precisa escolher entre seguir seus ideais e enfrentar
as consequências ou mudar seu discurso.
Baseado na história real de um dos
maiores roteiristas de todos os tempos, este longa também é o retrato de uma
época em que muitos americanos foram perseguidos por causa de suas posições
políticas.
O roteiro foca nos bastidores de Hollywood, que ficou dividido entre
conservadores que perseguiam e deduravam colegas e os liberais que em parte
foram proibidos de trabalhar e outros que tentaram defender estes companheiros. Para quem conhece um pouco de cinema, é muito interessante ver a posição de
atores e diretores famosos em relação a situação.
Entre os conservadores
aparecem figuras como o astro John Wayne (David James Elliott), o diretor Sam Wood (John Getz) e a colunista
Hedda Hopper (uma maligna Helen Mirren). Do outro lado se destacam Kirk Douglas
(Dean O’Gorman) e o diretor austríaco Otto Preminger (Christian Berkel).
Vale
destacar ainda as atuações de Michael Stuhlbarg como Edward G. Robinson, Louis
C. K. como o roteirista Arlen Hird, que se tornou grande amigo de Trumbo e o
sempre marcante John Goodman como o produtor de filmes B Frank King.
Hoje, no
mundo em que vivemos onde a intolerância prevalece, o politicamente correto
persegue e as pessoas aprenderam a “patrulhar” as outras através das redes
sociais, fotos e filmagens de celular, criticando cada palavra, ideia ou
atitude do próximo, estas atitudes se mostram semelhantes a caça aos
comunistas retratadas no filme. Infelizmente, muitos acreditam que se você não
pensa igual a ele, você é um inimigo.
6 comentários:
falando muito desse filme, mas ainda não me interessei por ele. talvez qd chegar na tv a cabo. beijos, pedrita
Bryan Cranston só lembro do seriado Breaking Bad.
Já estou com o filme aqui, verei com certeza, curiosa pela interpretação de Bryan Cranston e, claro, pela história. Abraços.
Tematicamente, de fato o filme (e a história real na qual ele se baseou) continua relevante. Mas acho que, em termos de realização, tem um ar de produto televisivo, muito pobre.
Cumps.
Pedrita - É um história política, não agrada a todos.
Liliane - Breaking Bad foi o grande papel da carreira dele.
Marília - As duas coisas são interessantes, tanto a história como a interpretação.
Gustavo - É uma história que não tinha muito como fugir deste estilo.
Abraço
eu gostei bastante. era uma época que acreditavam no mal do comunismo e faziam muito mal para abafar qualquer pensamento filosófico sobre o tema. triste mundo de intolerância. beijos, pedrita
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