quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Trumbo: Lista Negra

Trumbo: Lista Negra (Trumbo, EUA, 2015) – Nota 7,5
Direção – Jay Roach
Elenco – Bryan Cranston, Diane Lane, Louis C. K.. John Goodman, Helen Mirren, Alan Tudyk, Elle Fanning, Michael Stuhlbarg, Christian Berkel, Adewale Akinnuoye Agbaje, David James Elliott, Roger Bart, John Getz, Richard Portnow, Stephen Root, Dean O’Gorman.

Hollywood, 1947. Dalton Trumbo (Bryan Cranston) é o roteirista com maior salário na cidade, mas ao invés de aproveitar a vida tranquilamente, o que faria qualquer outro em seu lugar, prefere participar de protestos por melhores salários para os trabalhadores da indústria do cinema, além de se associar ao Partido Comunista. 

Na mesma época, o governo americano inicia a chamada “Caça às Bruxas”, convocando para depor no congresso todos aqueles que foram considerados suspeitos de atividades antiamericanas. Junto com alguns outros roteiristas, Trumbo é colocado numa lista negra e por consequência sendo dispensado do trabalho. Desempregado e respondendo a um processo que pode levá-lo para cadeia, ele precisa escolher entre seguir seus ideais e enfrentar as consequências ou mudar seu discurso. 

Baseado na história real de um dos maiores roteiristas de todos os tempos, este longa também é o retrato de uma época em que muitos americanos foram perseguidos por causa de suas posições políticas. 

O roteiro foca nos bastidores de Hollywood, que ficou dividido entre conservadores que perseguiam e deduravam colegas e os liberais que em parte foram proibidos de trabalhar e outros que tentaram defender estes companheiros. Para quem conhece um pouco de cinema, é muito interessante ver a posição de atores e diretores famosos em relação a situação. 

Entre os conservadores aparecem figuras como o astro John Wayne (David James Elliott), o diretor Sam Wood (John Getz) e a colunista Hedda Hopper (uma maligna Helen Mirren). Do outro lado se destacam Kirk Douglas (Dean O’Gorman) e o diretor austríaco Otto Preminger (Christian Berkel). 

Vale destacar ainda as atuações de Michael Stuhlbarg como Edward G. Robinson, Louis C. K. como o roteirista Arlen Hird, que se tornou grande amigo de Trumbo e o sempre marcante John Goodman como o produtor de filmes B Frank King. 

Hoje, no mundo em que vivemos onde a intolerância prevalece, o politicamente correto persegue e as pessoas aprenderam a “patrulhar” as outras através das redes sociais, fotos e filmagens de celular, criticando cada palavra, ideia ou atitude do próximo, estas atitudes se mostram semelhantes a caça aos comunistas retratadas no filme. Infelizmente, muitos acreditam que se você não pensa igual a ele, você é um inimigo. 

6 comentários:

Pedrita disse...

falando muito desse filme, mas ainda não me interessei por ele. talvez qd chegar na tv a cabo. beijos, pedrita

Liliane de Paula disse...

Bryan Cranston só lembro do seriado Breaking Bad.

Marília Tasso disse...

Já estou com o filme aqui, verei com certeza, curiosa pela interpretação de Bryan Cranston e, claro, pela história. Abraços.

Gustavo H.R. disse...

Tematicamente, de fato o filme (e a história real na qual ele se baseou) continua relevante. Mas acho que, em termos de realização, tem um ar de produto televisivo, muito pobre.

Cumps.

Hugo disse...

Pedrita - É um história política, não agrada a todos.

Liliane - Breaking Bad foi o grande papel da carreira dele.

Marília - As duas coisas são interessantes, tanto a história como a interpretação.

Gustavo - É uma história que não tinha muito como fugir deste estilo.

Abraço

Pedrita disse...

eu gostei bastante. era uma época que acreditavam no mal do comunismo e faziam muito mal para abafar qualquer pensamento filosófico sobre o tema. triste mundo de intolerância. beijos, pedrita