sábado, 6 de fevereiro de 2016

Regressão

Regressão (Regression, Espanha / Canadá, 2015) – Nota 7
Direção – Alejandro Amenabar
Elenco – Ethan Hawke, Emma Watson, David Thewlis, David Dencik, Aaron Ashmore, Dale Dickey, Devon Bostick, Lothaire Bluteau.

Meados dos anos oitenta, em uma pequena cidade de Minnesota, a jovem Angela Gray (Emma Watson) pede refúgio na igreja do reverendo Murray (Lothaire Bluteau), alegando que foi abusada sexualmente pelo pai, o ex-alcoólatra John (David Dencik). Mesmo tendo abandonado a bebida e se tornado uma pessoa religiosa, John ainda é atormentado pelo sofrimento que fez sua família passar por causa do vício. 

Ao enfrentar a acusação e ser pressionado pelo detetive Bruce Kenner (Ethan Hawks), John confessa ser culpado, mesmo não se lembrando de ter cometido o abuso. O psicólogo Kenneth Raines (David Thewlis), que acompanha o caso, decide fazer o suspeito passar por uma sessão de regressão para tentar se lembrar de detalhes do crime. A sessão resulta na certeza por parte de Kenner e Raines, de que John faz parte de um culto satânico. É o início de uma verdadeira caça às bruxas na região. 

Baseado numa complexa história real, este longa mostra claramente como uma investigação policial pode ser contaminada por vários fatores. A ânsia em resolver um caso bizarro, a pressão da mídia, o fator religioso e a vida pregressa dos envolvidos transformaram a investigação em uma sequência de erros e criaram uma verdadeira histeria. 

O diretor chileno Alejandro Amenabar, especialista em suspense, explora seu talento no gênero para misturar a investigação com toques de sobrenatural, principalmente nas sequências em que o personagem de Ethan Hawke sofre com o chamado “terror noturno”. 

Esta longe de ser um grande filme, mas também não decepciona. Vale a sessão para quem curte filmes policiais de investigação.

2 comentários:

Gustavo H.R. disse...

Também não achei o filme tão ruim quanto os críticos americanos estão falando, mas de Amenábar esperava mais.

Cumps.

Hugo disse...

Gustavo - A história é interessante, mas acho que o erro de Amenabar foi tentar inserir algumas sequências que lembram filmes de terror. Falta um algo a mais.

Abraço