Regressão (Regression, Espanha / Canadá, 2015) – Nota 7
Direção – Alejandro Amenabar
Elenco – Ethan Hawke, Emma Watson, David Thewlis, David
Dencik, Aaron Ashmore, Dale Dickey, Devon Bostick, Lothaire Bluteau.
Meados dos anos oitenta, em uma pequena cidade de Minnesota, a
jovem Angela Gray (Emma Watson) pede refúgio na igreja do reverendo Murray (Lothaire
Bluteau), alegando que foi abusada sexualmente pelo pai, o ex-alcoólatra John (David
Dencik). Mesmo tendo abandonado a bebida e se tornado uma pessoa religiosa,
John ainda é atormentado pelo sofrimento que fez sua família passar por causa
do vício.
Ao enfrentar a acusação e ser pressionado pelo detetive Bruce Kenner
(Ethan Hawks), John confessa ser culpado, mesmo não se lembrando de ter cometido o
abuso. O psicólogo Kenneth Raines (David Thewlis), que acompanha o caso, decide
fazer o suspeito passar por uma sessão de regressão para tentar se lembrar de
detalhes do crime. A sessão resulta na certeza por parte de Kenner e Raines, de
que John faz parte de um culto satânico. É o início de uma verdadeira caça às
bruxas na região.
Baseado numa complexa história real, este longa mostra claramente
como uma investigação policial pode ser contaminada por vários fatores. A ânsia
em resolver um caso bizarro, a pressão da mídia, o fator religioso e a vida
pregressa dos envolvidos transformaram a investigação em uma sequência de erros
e criaram uma verdadeira histeria.
O diretor chileno Alejandro Amenabar,
especialista em suspense, explora seu talento no gênero para misturar a investigação com
toques de sobrenatural, principalmente nas sequências em que o personagem de
Ethan Hawke sofre com o chamado “terror noturno”.
Esta longe de ser um grande
filme, mas também não decepciona. Vale a sessão para quem curte filmes policiais
de investigação.
2 comentários:
Também não achei o filme tão ruim quanto os críticos americanos estão falando, mas de Amenábar esperava mais.
Cumps.
Gustavo - A história é interessante, mas acho que o erro de Amenabar foi tentar inserir algumas sequências que lembram filmes de terror. Falta um algo a mais.
Abraço
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