Vida de Adulto (Adult World, EUA, 2013) – Nota 6,5
Direção – Scott Coffey
Elenco – Emma Roberts, John Cusack, Evan Peters, Armando
Riesco, Cloris Leachman, John Cullum, Catherine Lloyd Burns, Reed Birney,
Shannon Woodward.
Após se formar na universidade, Amy (Emma Roberts) tem
certeza que se tornará uma grande escritora e poetisa, porém ao enfrentar o
mundo real, descobrirá a imensa dificuldade em publicar seus textos
ou até mesmo em conseguir um emprego. Sem dinheiro, com uma dívida estudantil e
a pressão dos pais, Amy aceita trabalhar como balconista em um sex shop. O
destino faz com que ela cruze o caminho de Rat Billings (John Cusack), um
escritor que teve como único sucesso seu primeiro livro, mas que Amy considera
seu ídolo. A jovem sonhadora tenta a todo custo se aproximar do sarcástico escritor,
que não demonstra interesse algum nas obras da garota.
O ponto principal do
roteiro é mostrar a diferença entre os sonhos da juventude e realidade da vida
adulta. A personagem de Emma Roberts é cheia de energia e extremamente ingênua,
semelhante a milhares de jovens que acreditam na teoria aprendida na
universidade e que ficam frustrados ao se deparar com as dificuldades da vida real.
Por outro
lado, o personagem de John Cusack é o sujeito calejado, que experimentou o
sucesso e depois foi obrigado a aceitar o sistema para sobreviver na carreira.
Está longe de ser um grande filme, mas vale a sessão por alguns diálogos
interessantes e pelos personagens curiosos, inclusive os coadjuvantes que
gravitam pelo sex shop.
Geração Prozac (Prozac Nation, EUA / Alemanha / Canadá,
2001) – Nota 6,5
Direção – Erik Skjoldbjaerg
Elenco – Christina Ricci, Jason Biggs, Anne Heche, Michelle
Williams, Jonathan Rhys Meyers, Jessica Lange, Jesse Moss, Nicholas Campbell.
Em 1985, Elizabeth (Christina Ricci) entra para a
Universidade de Yale para estudar jornalismo. Com um histórico de depressão,
Elizabeth acredita que possa superar o problema entrando de cabeça nos estudos,
no trabalho e na diversão. Um texto sobre o cantor Lou Reed abre as portas da
revista Rolling Stone para a jovem, que é contratada para outros trabalhos. Em
paralelo, Elizabeth curte festas, bebidas, drogas e sexo com os amigos, até
perceber que não está conseguindo escrever. A depressão volta junto com
mudanças de humor, mentiras e explosões de raiva, potencializadas pelo
complicado relacionamento com a mãe (Jessica Lange) e a distância do pai
ausente (Nicholas Campbell).
Baseado num livro da jornalista Elizabeth Wurtzel,
este longa, pelo título dá a impressão de ser uma crítica ao uso indiscriminado
dos antidepressivos, porém na verdade é a história de um período da vida da garota,
que coincide com o surgimento do medicamento Prozac, que se tornou um grande
auxílio para amenizar seu problema.
A personagem principal narra a sua própria
história, dando ênfase aos vários conflitos causados por seu distúrbio
psicológico e as consequências nos relacionamentos com amigos, com o namorado
(Jason Biggs) e a família.
Apesar de ser não admirador da atriz Christina
Ricci, aqui é ela defende muito bem o papel da jovem que alterna momentos de
fúria, em que destila crueldade nas palavras, com outros em que se mostra
fragilizada.
É um filme em que muitas pessoas irão se identificar com as
situações, principalmente quem sofre ou quem convive com alguém que tenha este
tipo de problema.