Alucinações
do Passado (Jacob’s Ladder, EUA, 1990) – Nota 7,5
Direção –
Adrian Lyne
Elenco – Tim
Robbins, Elizabeth Peña, Danny Aiello, Matt Craven, Pruitt Taylor Vince, Jason
Alexander, Patricia Kalember, Eriq LaSalle, Ving Rhames, Macaulay Culkin, Brian
Tarantina, S. Epatha Merkerson.
Ao lado de
Alan Parker e dos irmãos Ridley e Tony Scott, o diretor inglês Adrian Lyne faz
parte de uma geração que migrou com sucesso da publicidade para o cinema. O
capricho estético de seus trabalhos, aliado aos temas polêmicos ligados ao
sexo, geralmente se sobrepõem ao conteúdo das obras. Filmes como “Nove e Meia
Semanas de Amor”, “Atração Fatal” e “Proposta Indecente” ficaram marcados pela
polêmica sexual, diferente deste esquecido “Alucinações do Passado”, que se
mostra seu trabalho mais complexo.
Aqui, Lyne consegue unir perfeitamente uma
trama aparentemente confusa, com um visual assustador. É um filme impossível de
ser enquadrado em um gênero, na realidade são três tramas ou narrativas que
convergem para um final surpreendente. A história começa com Jacob (Tim
Robbins) sendo resgatado ferido durante a Guerra do Vietnã. A segunda narrativa
mostra o sujeito nos dias atuais vivendo em um apartamento simples com a
namorada Jezebel (Elizabeth Peña) e sofrendo com alucinações, onde figuras
estranhas o estão perseguindo. A sequência das alucinações no metrô é um dos
grandes momentos do longa. A terceira via da trama volta ao passado de Jacob,
quando ele estava casado com outra mulher e tinha uma filho, que faleceria e
seria o estopim para a separação do casal.
Durante boa parte do longa o
espectador imagina que as alucinações de Jacob são consequência do trauma da
guerra e da perda do filho, ao mesmo tempo em que o personagem acredita ter
sido cobaia de alguma experiência do exército.
Está longe de ser um filme
comum, sua complexidade, o título original ligado a uma passagem da bíblia e os
nomes bíblicos de vários personagens (Jacob, Jezebel, Sarah e Gabriel) fizeram
muitos fãs da série “Lost” acreditar que ela tenha sido influenciada em parte
por este longa.
Como curiosidade, o filho de Tim Robbins no filme (Gabe de Gabriel)
é interpretado por Macaulay Culkin, que ficaria famoso no mesmo ano com “Esqueceram
de Mim”.
2 comentários:
Um filme cultuado, mas simplesmente não consigo enxergar todas essas qualidades. Achei-o super genérico e entediante.
Gustavo - Não é um filme fácil, com certeza é a obra mais profunda de Adrian Lyne.
Abraço
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