Fruitvale Station: A Última Parada (Fruitvale Station, EUA,
2013) – Nota 7,5
Direção – Ryan Coogler
Elenco –
Michael B. Jordan, Melonie Diaz, Octavia Spencer, Kevin Durand, Chad Michael
Murray, Ahna O’Reilly, Ariana Neal.
Estação de trem Fruitvale nos arredores de San Francisco, madrugada
de 1 de janeiro de 2009, uma confusão entre jovens e policiais na plataforma termina em tragédia, sendo documentada por câmeras e celulares de diversos
passageiros.
A partir daí, a trama volta para o início do dia anterior para
seguir os passos do jovem Oscar (Michael B. Jordan), que após passar algum
tempo preso por traficar drogas, tenta recomeçar a vida com a namorada Sophina
(Melonie Diaz) e a filha pequena Tatiana (Ariana Neal), porém sua vida não está
nada fácil. Ele foi dispensado do emprego em um supermercado e sente-se perdido
pela falta de perspectiva, sendo tentado a voltar a traficar.
O roteiro do
próprio diretor Ryan Coogler é baseado numa história real que guarda
semelhanças com “Jean Charles” e “Última Parada 174”, principalmente nas
questões de preconceito e do despreparo da polícia. A diferença principal aqui
está na forma como o diretor Coogler tenta transformar o protagonista Oscar
num cara legal, exagerando um pouco na dose de boas atitudes do sujeito no
fatídico dia.
As sequências do casal com a mulher grávida e da garota no
supermercado servem como um efeito simbólico do bom mocismo do jovem, mas ao
mesmo tempo são difíceis de acreditar que realmente aconteceram, principalmente
pela enorme e terrível coincidência do reencontro no trem com a garota do
supermercado.
O filme ganha pontos com a narrativa sóbria e no acerto do
diretor em não apelar para os flashbacks, criando apenas uma sequência neste
estilo extremamente importante para a trama.
Outro ponto positivo é a sincera
interpretação de Michael B. Jordan, ator com quase toda a carreira em séries de
tv e que eu conhecia apenas pela participação na primeira temporada de “The
Wire”, quando ele interpretava um adolescente envolvido com traficantes que
acabava assassinado.
No geral, é um filme que chama muito mais atenção pela
trágica história ser real, do que por ser um grande trabalho cinematográfico.
4 comentários:
Um dos meus filmes prediletos de 2013. Assisti no Festival do Rio e lembro do silêncio que ficou na sala após o término do filme. Parecia mesmo que tínhamos presenciado toda a cena. Realmente o único porém fica por essa intenção de fazer do personagem um bom moço. Pelo menos Michael B. Jordan tem um ótimo desempenho, e não deixa o filme cair no melodrama. Abs.
Thi - A cena inicial já é chocante, deixa de cara o espectador sem ação.
Abraço
É isso, a história é forte, o filme nem tanto, mas a cena inicial e as cenas da situação em si são muito boas. E Michael B. Jordan está mesmo muito bem.
bjs
Amanda - A cena real e a sequência na plataforma do trem são boas como cinema e trágicas na vida real.
Bjos
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