O Juri (Runaway
Jury, EUA, 2003) – Nota 7,5
Direção – Gary Fleder
Elenco – John Cusack, Gene Hackman, Dustin Hoffman, Rachel
Weisz, Bruce Davison, Bruce McGill, Jeremy Piven, Nick Searcy, Stanley
Anderson, Cliff Curtis, Nestor Serrano, Leland Orser, Jennifer Beals, Gerry
Bamman, Joanna Going, Bill Nunn, Nora Dunn, Guy Torre, Rusty Schwimmer, Orlando
Jones, Luis Guzman, Dylan McDermott
Quando um ex-funcionário invade um escritório disparando
tiros e mata vários ex-colegas, a viúva de um dos sujeitos assassinados decide
processar a indústria que fabricou a arma. O advogado contratado é o veterano
Wendell Rohr (Dustin Hoffman), que ainda acredita em justiça, mas terá de
enfrentar uma grande empresa de advocacia contratada para defender a indústria
armamentista. Para dificultar ainda mais, a empresa pertence a Rankin Fitch
(Gene Hackman), especialista em escolher jurados de uma forma que garanta o
ganho de causa para seu cliente.
O embate que deveria ocorrer apenas no
tribunal, começa antes, com Finch bancando uma ampla pesquisa sobre a vida de
cada jurado em potencial. O que Finch não contava é que um dos jurados
escolhidos era Nicholas Easter (John Cusack), um tipo de jurado profissional
que estava à espera de um grande caso para conseguir um bom dinheiro. Com a
ajuda do lado de fora da corte de Marlee (Rachel Weisz), garota que serve de ligação
entre ele e os advogados, Easter faz uma espécie de leilão ao pedir dez milhões
para manipular o juri e dar a vitória a um dos lados.
As adaptações das obras
de John Grisham para o cinema geralmente seguem o mesmo estilo: elenco recheado
de astros, a falta de um clímax e uma trama que ao mesmo tempo prende a
atenção, mas que no final deixa a impressão de que não chegou a lugar algum.
Esta adaptação é interessante, a trama tem o objetivo de mostrar como o sistema
judiciário americano pode ser manipulado, tanto pelos advogados que distorcem a
lei e enrolam as testemunhas, como pela presença de um jurado desonesto. O
clássico “Doze Homens e uma Sentença” do grande Sidney Lumet demonstrou esta
questão com mais qualidade há mais de cinqüenta anos.
Das adaptações de Grisham,
colocaria este longa em segundo lugar, abaixo apenas de “Tempo de Matar”.
Apesar de “A Firma” ter uma fama maior muito pela presença de Tom Cruise,
considero um filme inferior a estes dois trabalhos.
O grande destaque aqui é o
elenco, com Gene Hackman em seu penúltimo papel no cinema interpretando
novamente um vilão e tendo uma boa disputa com o personagem de Dustin Hoffman.
Os competentes John Cusack e Rachel Weisz também se destacam como os golpistas.
É
um filme com falhas, mas que vale a sessão para quem gosta de tramas de
tribunal.
6 comentários:
Particularmente prefiro "O Homem que Fazia Chover" de 1995. Cheguei o conhece-lo em VHS e nunca mais o esqueci. Adoro esse filme mais do que tudo.
abraço
Olá, Hugo. Depois de uns anos de inactividade, estou de regresso. Aproveito, também, para te desejar um excelente 2014.
Quanto ao filme, ficou aquém das expectativas, apesar do forte elenco de actores. Tentou fugir ao tradicional filme 'barra dos tribunais', mas faltou-lhe ser mais original.
6/10.
Tudo de bom para ti!!!!!
Grandes citações, Tempo de Matar é um clássico inesquecível. Outro bem peculiar seria A Vida de David Gale e outro bem antigo O Processo.
Ah e gostaria de saber se você vai dar alguns pitacos em relação aos indicados ao Oscar 2014. Obrigada!
Sua análise foi precisa. Tempo de Matar é um degrau acima. Porém, quem ama filmes de tribunais não tem como não amar O Júri e a grande interpretação de Gene Hackman.
Sua análise foi precisa. Tempo de Matar é um degrau acima. Porém, quem ama filmes de tribunais não tem como não amar O Júri e a grande interpretação de Gene Hackman.
Marcelo - Mesmo tendo Coppola na direção, considero um filme mediando apenas.
Red - Que ótima novidade, é bom saber que voltou ao mundo blogueiro.
Lorena - Também gosto de "A Vida de David Gale", tem uma ótima atuação de Kevin Spacey. O antigo "O Processo" eu ainda não assisti.
Sobre o Oscar, infelizmente fica difícil comentar, pois como tenho pouco tempo livre, estou indo pouco ao cinema. Assisto quase tudo em DVD ou tv a cabo. Dos indicados para as categorias principais eu vi e gostei de "Capitão Phillips" e do dinamarquês "A Caça", este por sinal um filme sensacional. Já escrevi sobre os dois no blog.
Renato - Considero as dois melhores filmes baseados em Grisham.
Abraço
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