A Última Sessão de Cinema (The
Last Picture Show, EUA, 1971) – Nota 8
Direção – Peter Bogdanovich
Elenco – Timothy Bottoms, Jeff Bridges, Ben Johnson, Cloris Leachman,
Ellen Bustyn, Cybill Shepherd, Eileen
Brennan, Clu Gulager, Sam Bottoms, Randy Quaid.
No início dos anos cinquenta,
na pequena e decadente cidade de Anarene no Texas, os jovens amigos Duane (Jeff
Bridges) e Sonny (Timothy Bottoms) passam o tempo entre namorar e assistir
filmes no cinema local que pertence a Sam “O Leão” (Ben Johnson). Em meio aos
dias de tédio, Duane namora Jacy (Cybill Shepherd), uma jovem rica que tem
planos diferentes do que ficar com o pobretão Duane. Enquanto isso, Sonny se
envolve com uma mulher mais velha, a frustrada Ruth (Cloris Leachman), esposa
do professor de educação física do colégio.
Filmado em preto e branco, com um
ritmo lento e um roteiro ousado para época, que apresenta cenas de sexo, além de
diálogos e situações polêmicas, este longa transformou o
então jovem Peter Bogdanovich em queridinho da crítica. Até então Bogdanovich
havia comandado apenas dois filmes produzidos pelo mestre do baixo orçamento
Roger Corman.
Em seguida, o diretor engatou sucessos como “Essa Pequena é uma
Parada”, “Lua de Papel” e “No Mundo do Cinema”, todos em parceira com o então
astro Ryan O’Neill. O talento mostrado nestes trabalhos se perdeu no início nos
anos oitenta em meio a crises pessoais, principalmente o assassinato da atriz e
sua amante Dorothy Stratten durante as filmagens de “Muito Riso e Muita Alegria”.
A partir daí o único trabalho do diretor digno de nota é o drama “Marcas do
Destino” de 1985. Bogadnovich atualmente é um conceituado crítico de cinema e
documentarista, além de ter tido um pequeno papel de psiquiatra no seriado “A
Família Soprano”.
Vale destacar ainda o ótimo elenco que misturava jovens
promissores como Jeff Bridfes, os irmãos Bottoms e Randy Quaid, com veteranos
como Ben Johnson e Cloris Leachman. Por sinal, os irmãos Timothy e Sam Bottoms (este
já falecido) acabaram se perdendo na carreira.
O resultado é um belo drama que
marcou época e ainda rendeu uma continuação em 1990 chamada “Texasville”, que trazia
o mesmo diretor e parte do elenco, inclusive Jeff Bridges e Cybill Shepherd.
Não vi esta sequência, filme hoje quase esquecido.
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