Elysium (Elysium, EUA, 2013) – Nota 7,5
Direção –
Neill Blomkamp
Elenco –
Matt Damon, Jodie Foster, Sharlto Copley, Alice Braga, Diego Luna, Wagner
Moura, William Fichtner, Emma Tremblay, Jose Pablo Cantillo.
Em 2154 a Terra vive o caos. Com o ar poluído, a população vivendo em
favelas e sob o controle de um governo tirano que utiliza robôs
como policiais e funcionários públicos, a esperança é tentar entrar de forma
clandestina no satélite Elysium, uma espécie de oásis construído no espaço
reservado apenas para a elite.
Neste contexto, Max da Costa (Matt Damon) é um
órfão que foi criado em um orfanato, se tornou ladrão de carros e hoje tenta
se regenerar trabalhando em uma indústria que explora os funcionários. Quando
sofre um acidente, Max vê como única chance de sobreviver chegar até Elysium,
mas para isso precisará se aliar a Spider (Wagner Moura), um líder do submundo
que tenta encontrar uma forma de enviar clandestinos para o local.
O diretor
sul-africano Neill Blomkamp surpreendeu o mundo com o sensacional “Distrito 9”
e sua ida para Hollywood seria uma questão de tempo. Este novo trabalho
apresenta vários pontos similares a “Distrito 9”, como o planeta Terra e a
população em sofrimento, o governo corrupto, a separação de classes sociais e o
preconceito, praticamente uma metáfora da realidade que vivemos na atualidade
transportada para um futuro pior.
A narrativa ágil, os cenários sujos e as
ótimas cenas de ação também se repetem, deixando claro o talento do diretor,
porém diferente de “Distrito 9”, algumas soluções do roteiro são fracas, talvez
por uma pressão dos produtores para enquadrar a trama no estilo de Hollywood.
A
partir da metade é fácil sacar como vai terminar a história, além disso a
personagem de Alice Braga e o problema com sua filha são puro clichê, ficando a impressão de terem sido inseridas na trama apenas para ter uma
personagem feminina ao lado do herói.
O resto do elenco está bem, com Matt
Damon correto como o protagonista e destacando o astro de “Distrito 9” Sharlto
Copley como o vilão maluco e o brasileiro Wagner Moura competente como Spider.
Já a participação de Jodie Foster é apenas um adereço de luxo a trama.
O
potencial da história poderia render um grande filme, mas as falhas do roteiro
tiraram um pouco da qualidade. O resultado é um bom filme de ação com ficção,
que se segura pelo talento do diretor.
7 comentários:
O "problema" do filme foi que o diretor fez um super trabalho em Distrito 9. A expectativa foi demais.
Mas, concordo quanto aos elogios dos atores. Somente Jodie Foster esta funcionando como cereja de um bolo.
abs
Gostei mais do filme do que você, mas sua observação sobre a personagem de Braga me parece correta. Blomkamp poderia ter criado algo menos clichê, no caso.
Renato - A expectativa era grande. Acredito que Blomkamp tem tudo para uma bela carreira.
Gustavo - Minha impressão é de que algum produtor forçou a barra no roteiro.
Abraço
Concordo com o cara mais acima: "A expectativa foi demais".
Kleiton - A expectativa realmente era grande.
Abraço
eu gostei muito de elysium. as críticas desse diretor em seus filmes de ficção são impressionantes. acabo de falar desse filme no meu blog. beijos, pedrita
Pedrito - O direto Neill Blomkamp tem muito potencial, seus trabalhos até aqui são acima da média.
Bjos
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