Direção – Carlos Gerbase
Elenco – Maria Fernanda Cândido, Camila Pitanga, Marcos
Breda, Bruno Garcia, Janaína Kremer, Júlio Andrade, Nelson Diniz, Maitê
Proença.
Rudi Veronese (Marcos Breda) é um cineasta que tenta fazer
carreira, mas tem grande dificuldade para conseguir filmar seus roteiros. Durante
uma discussão sobre regras para um concurso de curta metragens, Rudi sofre um
ataque do coração e morre.
Sua namorada Cátia (Maria Fernanda Cândido) é uma
executiva de finanças que nunca se interessou a fundo pelo trabalho de Rudi,
porém após a morte do sujeito, ela encontra alguns roteiros no computador do
namorado, fato que desperta a atenção de outros cineastas amigos de Rudy. Curiosa,
Cátia começa a ler os roteiros e encontra situações que acreditam terem sido
inspiradas na sua relação com Rudi, além de passar a desconfiar que ele tinha
um caso com a atriz Cassandra (Camila Pitanga), ao mesmo tempo em que ela
própria era amante de Valdo (Bruno Garcia), um cineasta famoso. Aos poucos,
Cátia passa a confundir sua vida com os roteiros do namorado.
A premissa do
roteiro escrito pelo próprio Gerbase é quase uma homenagem aos candidatos a
cineastas, que sofrem com a falta de dinheiro para transformar seus roteiros em
filmes, além de discutir em algumas sequências a transformação do cinema em
película para a era digital, fato que diminui os custos e facilita o caminho
para jovens cineastas finalizarem seus trabalhos.
É interessante também a
situação da descoberta do roteiro do falecido, que é visto com entusiamos pelos
amigos, mas que logo desistem do projeto. Um deles prefere fazer comerciais
para ganhar a vida e o outro é um sujeito que não tem controle algum do
dinheiro.
O ponto falho é a tentativa de mostrar o filme dentro do filme,
transformando as cenas do roteiro lido por Cátia em sequências na mente da personagem,
misturando com a montagem de um longa capitaneado por Cátia através das
cenas filmadas pelos cineastas amigos de Rudi , fatos que resultam numa parte
final confusa e pretensiosa. Além disso é complicado aceitar a mudança de
comportamento de Cátia, que a princípio não entende nada de cinema, mas no
final se transforma em cineasta.
4 comentários:
A metalinguagem é um tema recorrente no cinema e em boa parte das vezes ela não é tão bem usada. Gosto quando há uma autocrítica ao análise mais profunda do próprio cinema, como diversos cineastas já o fizeram. Posso estar equivocado, mas "Sal de Prata" não me parece ser um destes...
http://sublimeirrealidade.blogspot.com.br/2012/12/cosmopolis.html
Também gosto muito de Sal de prata e antes dele, nem sabia que a expressão era usada no meio cinematográfico. Abraços.
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Feliz Natal!
J. Bruno - Aqui a metalinguagem não funciona, nas verdade ela torna o filme confuso.
Gilberto - Também não conhecia a expressão, descobri quando assisti ao filme.
Fabiane - Obrigada pela lembrança.
Abraço
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