terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Sal de Prata

Sal de Prata (Brasil, 2005) – Nota 6
Direção – Carlos Gerbase
Elenco – Maria Fernanda Cândido, Camila Pitanga, Marcos Breda, Bruno Garcia, Janaína Kremer, Júlio Andrade, Nelson Diniz, Maitê Proença.

Rudi Veronese (Marcos Breda) é um cineasta que tenta fazer carreira, mas tem grande dificuldade para conseguir filmar seus roteiros. Durante uma discussão sobre regras para um concurso de curta metragens, Rudi sofre um ataque do coração e morre. 

Sua namorada Cátia (Maria Fernanda Cândido) é uma executiva de finanças que nunca se interessou a fundo pelo trabalho de Rudi, porém após a morte do sujeito, ela encontra alguns roteiros no computador do namorado, fato que desperta a atenção de outros cineastas amigos de Rudy. Curiosa, Cátia começa a ler os roteiros e encontra situações que acreditam terem sido inspiradas na sua relação com Rudi, além de passar a desconfiar que ele tinha um caso com a atriz Cassandra (Camila Pitanga), ao mesmo tempo em que ela própria era amante de Valdo (Bruno Garcia), um cineasta famoso. Aos poucos, Cátia passa a confundir sua vida com os roteiros do namorado. 

A premissa do roteiro escrito pelo próprio Gerbase é quase uma homenagem aos candidatos a cineastas, que sofrem com a falta de dinheiro para transformar seus roteiros em filmes, além de discutir em algumas sequências a transformação do cinema em película para a era digital, fato que diminui os custos e facilita o caminho para jovens cineastas finalizarem seus trabalhos. 

É interessante também a situação da descoberta do roteiro do falecido, que é visto com entusiamos pelos amigos, mas que logo desistem do projeto. Um deles prefere fazer comerciais para ganhar a vida e o outro é um sujeito que não tem controle algum do dinheiro. 

O ponto falho é a tentativa de mostrar o filme dentro do filme, transformando as cenas do roteiro lido por Cátia em sequências na mente da personagem, misturando com a montagem de um longa capitaneado por Cátia através das cenas filmadas pelos cineastas amigos de Rudi , fatos que resultam numa parte final confusa e pretensiosa. Além disso é complicado aceitar a mudança de comportamento de Cátia, que a princípio não entende nada de cinema, mas no final se transforma em cineasta.

4 comentários:

J. BRUNO disse...

A metalinguagem é um tema recorrente no cinema e em boa parte das vezes ela não é tão bem usada. Gosto quando há uma autocrítica ao análise mais profunda do próprio cinema, como diversos cineastas já o fizeram. Posso estar equivocado, mas "Sal de Prata" não me parece ser um destes...

http://sublimeirrealidade.blogspot.com.br/2012/12/cosmopolis.html

Gilberto Carlos disse...

Também gosto muito de Sal de prata e antes dele, nem sabia que a expressão era usada no meio cinematográfico. Abraços.

Fabiane Bastos disse...

Olá, indicamos seu blog para ganhar um selo. Vá conferir no DVD, Sofá e Pipoca - http://dvdsofaepipoca.blogspot.com.br/2012/12/selo-versatile-blogger.html

Feliz Natal!

Hugo disse...

J. Bruno - Aqui a metalinguagem não funciona, nas verdade ela torna o filme confuso.

Gilberto - Também não conhecia a expressão, descobri quando assisti ao filme.

Fabiane - Obrigada pela lembrança.

Abraço