Direção – Francis Ford Coppola
Elenco – Vincent Gallo, Alden Ehrenreich, Maribel Verdú,
Klaus Maria Brandauer, Rodrigo De la Serna, Silvia Pérez, Leticia Brédice, Sofia
Gala, Mike Amigorena, Carmen Maura.
O jovem Bennie (Alden Ehrenreich) chega de navio a Buenos
Aires para reencontrar o irmão Angelo (Vincent Gallo) após muitos anos de
separação. Bennie é bem recebido pela doce Miranda (Maribel Verdú), namorada de
seu irmão, porém o instável Angelo, que agora quer ser chamado de Tetro (seu
sobrenome é Tetrocini) parece não aceitar a presença do jovem.
Angelo abandonou
os Estados Unidos para viver um ano em outro local com o objetivo de escrever
um livro, porém não mais retornou ao país e cortou laços com a família,
principalmente com o pai, o famoso maestro Carlo Tetrocini (Klaus Maria
Brandauer).
Coppola se inspirou em sua própria vida familiar para escrever o
roteiro, sendo que ele teve uma
convivência difícil com o irmão e foi testemunha da rivalidade entre seu
pai e tio (aqui também interpretado por Brandauer) que eram músicos.
Coppola
não trabalhava com roteiro próprio desde “A Conversação” em 1976 e parece ter
desanimado do trabalho de diretor após os fracos “Jack” e “O Homem que Fazia
Chover”. Sua volta a direção foi no pequeno “Velha Juventude”, longa que eu ainda não
conferi, mas este trabalho seguinte está muito mais para o cinema independente
do que para as grandes produções que costumava comandar.
A história é simples e
tem até um pequena surpresa no final, além de ter como ponto positivo a bela
fotografia em preto e branco (apenas as sequências em flashback são em cores) que
mostra o bairro pobre da Boca na Argentina como um local de cultura. Mesmo sem
indicar o ano em que se passa a trama, fica a sensação de estarmos nos anos
cinquenta.
Os destaques do elenco são Maribel Verdú (“E Sua Mãe Também”),
Rodrigo De la Serna (“Diários de Motocicleta”) e Letícia Brédice (“Nove
Rainhas”), os dois últimos como atores de uma pequena trupe teatral composta
por amigos de Angelo.
O jovem Alden Ehrenreich não atrapalha, mas por outro
lado é difícil engolir o estilo Vincent Gallo de atuar. Procuro não ter
preconceitos com atores ou atrizes, mas o sujeito é um mala que em todo filme
exagera no estilo dramático, querendo se mostrar cool e rebelde.
O interessante
é mesmo ver o outrora grande Francis Ford Coppola, sujeito de um ego enorme,
dirigindo um filme pequeno.
2 comentários:
Não diria que é um filme pequeno, um filme intimista, talvez, independente. Não é uma narrativa fácil, mas me encantou. Gosto bastante do filme.
bjs
Amanda - Talvez independente seja mais correto do que pequeno. Mesmo não considerando ser um grande filme, gostei deste trabalho de Coppola.
Bjos
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