Direção – Marcos Prado
Elenco – Nathalia Dill, Luca Bianchi, Livia de Bueno,
Bernardo Melo Barreto, César Cardadeiro, Divana Brandão, Emílio Orciollo Neto,
Roney Villela, Cadu Fávero.
Dividindo a narrativa em três épocas diferentes, o produtor
Marcos Prado que estreava na direção de um longa conseguiu irritar muita gente
ao colocar no roteiro raso diversos temas como sexo, drogas, amor, punição,
família, juventude perdida e as festas rave.
A história começa com Nando (Luca
Bianchi) saindo da prisão e voltando para a casa da mãe e do irmão mais novo.
Quando ele encontra drogas no quarto do irmão, começa a recordar seu passado. A
partir daí a trama se divide em duas narrativas, a primeira se passa no litoral
de Pernambuco, onde Nando e seu amigo Patrick (Bernando Melo Barreto) se
divertem numa festa rave em uma praia isolada, onde também estão as amigas
Érika (Nathalia Dill) e Lara (Livia de Bueno). A segunda se passa dois anos
depois, quando os dois amigos estão em Amsterdam na Holanda, ao mesmo tempo em
que Érika trabalha como DJ em um casa noturna. Nando e Érika acabam se
envolvendo e aos poucos o espectador é apresentado aos segredos do passado dos
personagens.
A produção é extremamente bem cuidada, com uma bela fotografia que
aproveita as paisagens naturais do litoral do nordeste, as cenas de sexo são
sensíveis e bem filmadas, mas o roteiro exagera nas coincidências e não se
aprofunda em tema algum. Muitas situações são claramente referências a filmes
famosos. As cenas da rave em câmera lenta lembram “Matrix Reloaded”, as drogas
no aeroporto vem de “O Expresso da Meia-Noite”, a crise familiar de Nando copia
“A Outra História Americana” e assim por diante.
Estes clichês irritaram os
críticos, as cenas da festa rave regada a drogas, bebidas e sexo irritaram os
frequentadores do movimento que se sentiram ofendidos por serem tratados como
inconsequentes e por final os moralistas ficaram indignados com as cenas de
sexo.
Concordo que os clichês atrapalharam o filme, assim como o inexpressivo
elenco, com exceção da bela Nathalia Dill que cria a melhor personagem da
trama, além de ser bonita e ter uma belo corpo, mas como citei anteriormente,
as cenas de sexo são bem filmadas e não merecem críticas, já sobre a questão
das drogas, não vi esta generalização que muitos citaram, entendo que bebidas,
drogas e sexo fácil estão presentes em todo tipo de festa, sejam nas raves ou
nas atuais e concorridas baladas com sertanejo e forró universitário ou o funk
carioca.
O filme tem como ponto positivo gerar uma discussão complexa, mesmo
que no geral os temas sejam tratados de forma artificial, semelhante ao título
do longa.
6 comentários:
Não tenho problemas com os clichês, a questão é que o roteiro finge ser complexo, disfarçando-se na não lineariedade. Se fosse na ordem linear veríamos que a trama é boba.
Mas, tem uma boa construção visual. É um filme interessante.
bjs
Não me atraiu em momento algum........nem trailer, nem sinopse, nem elenco.
Acho que vou no conselho da amiga Amanda Aoud.
Fala Hugo blz?
Esse filme passou na Tv a cabo esses dias e ta aqui na fila pra ser assistido. Tenho um amigo que fez figuração nesse filme e vou tentar encontrá-lo tanbém...hehehe
Vi apenas trechos da obra e percebi que o visual é muito bem feito mesmo.
Um grande abraço.
www.b-cine-b-cine.blogspot.com
Gostei de Paraísos artificiais apesar dos clichês que você mesmo citou e da narrativa confusa. Quanto aos frequentadores das boates se ofenderem quanto ao uso de drogas, é uma bobagem, eles usam mesmo!
Amanda - Você foi perfeita, a narrativa entrecortado esconde uma trama simples demais.
Renato - A parte visual é o melhor. O conteúdo é fraco.
B-Cine - Provavelmente seu amigo deve aparecer nas cenas da festa rave na praia, onde estão dezenas de figurantes.
Abraço
Gilberto - Infelizmente as drogas são um problema cada vez mais entre os jovens.
Abraço
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