O Homem que
Queria Ser Rei (The Man Who Would Be King, Inglaterra / EUA, 1975) – Nota 8
Direção –
John Huston
Elenco –
Sean Connery, Michael Caine, Christopher
Plummer, Saed Jaffrey, Shakira Caine.
Após três anos de uma inacreditável aventura, Peachy
Carnehan (Michael Caine) reencontra o jornalista e escritor Rudyard Kipling (Christopher
Plummer) para contar como ele e Daniel Dravot (Sean Connery) se transformaram
em reis na inóspita região do Cafiristão na Índia no final do século XIX.
Em
flashback, o espectador conhecerá a história da dupla, que eram dois ex-soldados
ingleses que perambulavam pela Índia em busca de riqueza, até que chegaram ao
Cafiristão e foram atacados por nativos. Dravot recebe uma flechada no peito,
mas como usava um colete de metal, nada aconteceu. O fato fez os nativo acreditarem
que eles eram deuses imortais, situação que os transformou em reis. Porém a
ganância por poder e riqueza fez com que a farsa não terminasse bem.
Baseado no
livro do indiano filho de ingleses Rudyard Kipling (escritor de “O Livro da
Selva”), este longa é uma ótima aventura dirigida pela grande John Huston. A já
citada questão da ganância do ser humano foi tema que Huston tratou em outros
filmes, como o clássico “O Tesouro de Sierra Madre” e que tem aqui nas
interpretações de Caine e Connery os maiores trunfos para retratar novamente
esta situação.
O longa tem algumas curiosidades: Shakira Caine que interpreta a
nativa por quem o personagem de Connery se apaixona, nasceu na Guiana Inglesa e
se casou com Michael Caine em 1973, com quem vive até hoje. A segunda curiosidade
é que o filme tem situações e diálogos que são ligados diretamente a preceitos
da maçonaria, constando inclusive que o escritor Kipling era maçom, assim como
o astro Michael Caine.
Khartoum (Khartoum, Inglaterra, 1966) – Nota 7
Direção – Basil Dearden
Elenco –
Charlton Heston, Laurence Olivier, Richard Johnson, Ralph Richardson, Alexander
Knox, Michael Hordern, Johnny Sekka, Nigel Green.
Em 1893, o exécito egípcio liderado por um general inglês atravessa
o deserto para enfrentar os muçulmanos liderados por Mohammed Ahmed (Laurence
Olivier quase irreconhecível), que se autodenomina o “Mahdi”, aquele que seria o
escolhido por Maomé. Os egípcios são facilmente derrotados, o que resulta numa
crise no governo inglês, que é apontado como culpado pelo desastre no deserto.
O primeiro ministro inglês Gladstone (Ralph Richardson) se vê pressionado pela opinião
pública para enviar o exército com o objetivo de enfrentar Mahdi e não deixar
os muçulmanos tomarem a cidade de Khartoum no Sudão. Para acalmar a situação, Gladstone
envia o general Gordon (Charlton Heston), um herói nacional que acabou com a
escravidão no Sudão, para que ele comande a retirada dos egípcios de Khartoum,
porém o envolvimento de Gordon com o povo do Sudão é grande, o que faz com que
ele tome a frente e lidere a defesa da cidade contra os muçulmanos, fato que
desagradará muito o líder inglês Gladstone.
Baseado na história real do cerco a
Khartoum, o filme é interessante ao mostrar as maquinações políticas do governo
inglês quando este ainda tinha colônias e influência nos países africanos,
pensando sempre na questão de manter o poder, mesmo que para isso tivesse de
sacrificar milhares de vidas.
O ponto falho é o ritmo irregular, em parte pela mão pesada do diretor Deardon e também pela duração de pouco mais de duas
horas, provavelmente uns vinte a menos deixaria o filme mais consistente.
Por
outro lado as batalhas são bem filmadas, com muitos figurantes e com a dose
certa de violência, mesmo não tendo a grandiosidade de outras clássicos do
gênero.
Finalizando, este é mais um longa em que Heston interpretou um personagem
famoso da história, como Moisés, Michelangelo, El Cid e Thomas Jefferson.
3 comentários:
O Homem que Queria ser Rei assisti a tantos anos que o rei foi trocado pelo príncipe. kkk
Preciso rever.
abs
O Homem que Queria ser Rei é um filmaço, digno de seu realizador.
Renato - rs...
Celo - É um dos grandes trabalhos de Huston.
Abraço
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