segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Thor

Thor (Thor, EUA, 2011) – Nota 6,5
Direção – Kenneth Branagh
Elenco – Chris Hemsworth, Natalie Portman, Tom Hiddleston, Anthony Hopkins, Stellan Skarsgard, Kat Dennings, Clark Gregg, Colm Feore, Idris Elba, Ray Stevenson, Tadanobu Asano, Josh Dallas, Jaimie Alexander, Rene Russo, Adriana Barraza, Jeremy Renner.

No planeta Asgard, o rei Odin (Anthony Hopkins) prepara seu primogênito, o príncipe Thor (Chris Hemsworth) para sucessão ao trono. Thor é um jovem impetuoso e arrogante, bem diferente de seu soturno irmão Loki (Tom Hiddleston). Quando o rei Laufy (Colm Feore), inimigo de Odin, envia alguns soldados para resgatar um objeto valioso em Asgard, Thor fica furioso e decide invadir o planeta de Laufy como vingança, levando seus amigos guerreiros. 

O fato irrita Odin, que como punição expulsa Thor de Asgard, o enviando para Terra e tirando seus poderes. Como um mero mortal, Thor encontra a cientista Jane (Natalie Portman), seu parceiro Erik (Stellan Skarsgard) e a ajudante Darcy (Kat Dennings) que a princípio não acreditam em sua história, mas aos poucos percebem que algo de verdade existe quando o governo envia a equipe secreta Shield para investigar o caso. 

Durante alguns anos a Marvel preparou a adaptação para o cinema de “Os Vingadores” e como estratégia produziu filmes com seus heróis como protagonistas solitários. Com uma quantidade grandes de produções, algumas situações se repetiram, porém com resultados irregulares. 

Por exemplo, "Thor" e "Capitão América" tem muita coisa em comum . Os dois filmes tem protagonistas fracos, roteiros cheios de clichês, boas cenas de ação e uma parte técnica exuberante. É o tipo de diversão descartável extremamente comum no cinema atual, onde os efeitos especiais e os cortes rápidos são trunfos do diretor para hipnotizar a plateia, sem grande preocupação em desenvolver melhor a história ou os personagens. 

O curioso aqui é que ainda tentaram dar um ar de seriedade ao escalar o ótimo ator inglês Kenneth Branagh na direção. Ele que comandou para o cinema boas adaptações de Shakespeare, além de “Frankestein de Mary Shelley” e “Voltar a Morrer”, até consegue melhorar um pouco a qualidade das interpretações com ajuda de Anthony Hopkins, que por sinal não precisa se esforçar para criar o mítico Odin e a surpresa de Tom Hiddleston, bom ator que interpreta Loki e que trabalhou com Brannagh na ótima série inglesa “Wallander”. 

O resultado é superior a “Capitão América”, mas fica bem abaixo em comparação com as melhores adaptações da Marvel, como “Homem de Ferro” e “Homem-Aranha”.

5 comentários:

Alan Raspante disse...

Achei bem fraco. Só assisti pela Portman mesmo.

Gilberto Carlos disse...

Também estranhei quando fiquei sabendo que Kenneth era o diretor dessa aventura. Isso é a prova que todos querem ser populares. Vi o personagem Thor em Os vingadores, mas seu filme solo ainda não conferi. Abraços.

renatocinema disse...

"Os dois filmes tem protagonistas fracos, roteiros cheios de clichês, boas cenas de ação e uma parte técnica exuberante." concordo, com quase tudo.

Acredito que Natalie Portman, mesmo não sendo a protagonista, faz bem seu papel. kkk

Descartável, realmente. mas, ainda ainda assim quebra o marasmo.

Maxwell Soares disse...

Olá, Hugo. Que belo texto, irmão. Esse filme é fantástico. A ideia de perdão e reconciliação ente pai e filho e o ponto alto do filme. O sofrimento da perda dos poderes de Thor é algo pedagógico. O filósofo Nietzche vê o sofrimeto não como um mal em si, mas como algo necessário na construção do caráter. É isso que se vê no filme. Vi este com meu pai por duas vezes. Ele tem 84 anos. Ele amou o filme. Um abraço...

Hugo disse...

Alan - Natalie Portam está belíssima, como sempre.

Gilberto - Realmente a escolha de Brannagh é estranha.

Renato - É diversão totalmente descompromissada.

Maxwell - Esta parte do roteiro é interessante ao mostrar a relação de pai e filho, que na maioria das vezes é complicada.

Abraço