Poltergeist – O Fenômeno (Poltergeist, EUA, 1982) – Nota 8
Direção –
Tobe Hooper
Elenco –
Craig T. Nelson, Jobeth Williams, Beatrice Straight, Dominique Dunne, Oliver
Robins, Heather O’Rourke, Zelda Rubinstein, James Karen.
A família Freeling se muda para uma bela casa em um novo
condomínio. A alegria pelo novo lar rapidamente se transforma em preocupação
quando começam ocorrer estranhos eventos. Objetos se movem sozinhos e a
televisão não sintoniza canal algum. A filha caçula Carol Anne (Heather
O’Rourke) passa a conversar com algo que está dentro da tv e acaba
desaparecendo. O incrédulo pai (Craig T. Nelson) e a mãe (Jobeth Williams)
ficam desesperados quando percebem que a voz da filha pequena parece vir de
dentro da tv para pedir socorro. O casal chama uma paranormal (Zelda
Rubinstein) para descobrir o paradeiro da menina.
Este clássico do terror dos
anos oitenta pode ser considerado muito mais um filme de Steven Spielberg (que
escreveu o roteiro e participou da montagem) do que de Tobe Hooper. No mesmo
período Spielberg preparava “ET” e por este motivo deixou a direção a cargo de
Hooper, que ficou famoso com o clássico “O Massacre da Serra Elétrica”. O
problema é que os estilos dos diretores eram extremamente opostos,
enquanto Spielberg pensava em enfatizar a luta da família, Hooper tinha
intenção de criar um longa totalmente de terror, mas como não tinha controle
total sobre o projeto, acabou cedendo e deixando a palavra final com Spielberg.
Analisando os péssimos trabalhos posteriores de Hooper, a decisão de Spielberg
foi acertada ao misturar suspense, terror e a questão familiar.
O filme fez
merecido sucesso, várias cenas prendem o espectador na cadeira, como os galhos
da árvore que invadem o quarto, o boneco do palhaço que tenta agarrar o garoto
(Oliver Robins) e a piscina de cadáveres na sequência final.
Como curiosidade
trágica, algumas mortes transformaram a trilogia em maldita para muitas pessoas.
Quando este filme foi lançado, a atriz Dominique Dunne que interpretava a filha
mais velha do casal foi assassinada pelo namorado. Durante as filmagens do
segundo longa, o ator Julian Beck que interpretava um sinistro padre faleceu e
o ator Will Sampson (o índio de “Um Estranho no Ninho”) morreu durante uma
cirurgia no ano seguinte. Para completar a sinistra coincidência, a garotinha
Heather O’Rourke faleceu ao final das filmagens da parte III.
Poltergeist II – O Outro Lado (Poltergeist II: The Other
Side, EUA, 1986) – Nota 6
Direção – Brian Gibson
Elenco –
Craig. T. Nelson, Jobeth Williams, Heather O'Rourke, Oliver Robbins, Zelda
Rubinstein, Will Sampson, Julian Beck, Geradine Fitzgerald.
Após sobreviveram aos ataques do espírito maligno no filme
anterior, a família Freeling se muda para uma nova casa (sem a filha mais
velha, já que atriz havia falecida) tentando reconstruir a vida. Logo o inferno
recomeça, quando o espírito reaparece reencarnado num sinistro padre (Julian
Beck), que tem o objetivo de levar a pequena Carol Anne (Heather O’Rourke) para
o outro lado. Novamente a paranormal Tangina (Zelda Rubinstein) é chamada para
intervir, assim como a participação de um índio (Will Sampson), uma espécie de
curandeiro que terá papel importantíssimo na trama.
Sem Spielberg no projeto, o
filme caiu no colo do falecido diretor inglês Brian Gibson que pouco pode fazer
com o confuso roteiro que mistura mistérios do passado do padre, cenas de terror
explícitas como quando o personagem de Craig T. Nelson vomita o espírito e até
tenta transformar a mãe interpretada por Jobeth Williams em vidente.
O filme
fez sucesso pela curiosidade dos fãs em conferir a sequência da história, além
dos bons efeitos especiais para época, que inclusive concorreram ao Oscar.
Analisando hoje, o longa até assusta em alguns momentos em comparação com vários filmes atuais do gênero, mas mesmo assim é pouco para ser
Analisando hoje, o longa até assusta em alguns momentos em comparação com vários filmes atuais do gênero, mas mesmo assim é pouco para ser
considerado um
bom filme.
Poltergeist
III (Poltergeist III, EUA, 1988) – Nota 5
Direção –
Gary Sherman
Elenco –
Tom Skerritt, Nancy Allen, Heather O'Rourke, Zelda Rubinstein, Lara Flynn Boyle,
Richard Fire, Nathan Davis.
Os pais de Carol Anne (Heather O’Rourke) a enviam para
passar um tempo com os tios (Tom Skerritt e Nancy Allen) em Chicago e estudar
em uma escola especial. Carol Anne é levada a um terapeuta (Richard Fire) que
tenta curar os traumas da garota, mas acaba fazendo com que o espírito maligno
do padre (interpretado agora por Nathan Davis) volte atormentar a menina.
Esta
terceira parte pode ser considerada um caça-níquel em que o diretor picareta
Gary Sherman tinha a intenção de manter a franquia viva para produzir pelo menos mais um filme,
o que foi abortado pela morte da garota Heather O’Rourke.
Sherman que também
escreveu o roteiro, improvisou inventando a história dos tios porque Craig T.
Nelson e Jobeth Williams não quiseram voltar aos papéis e para modificar um
pouco mais, ele transportou a ação das casas de subúrbio dos filmes anteriores
para um edifício de vidro.
O resultado é um longa totalmente dispensável que
enterrou a franquia. Mesmo assim, nos anos noventa Sherman ainda produziu uma
série de tv chamada “Poltergeist – O Legado”, que tinha uma trama completamento
diferente e apenas utilizava o nome do famoso filme.
7 comentários:
Gosto tanto do 1º, que há muitos anos tomei a decisão de nunca ver as sequelas. Espero nunca ceder à tentação, tenho quase a certeza que me vou arrepender :D
Deveria ter feito como meu amigo acima.....errei e fiz a besteira de ver a primeira sequência......triste......triste., na minha visão.
Raras são as parte 2 que merecem elogios. raridade total eu diria.
:) @renatocinema : só vendo é que sabemos se são boas :D ás vezes há boas surpresas. alguns exemplos de boas sequelas: Terminator 2, Scream 2, X-Men 2, Aliens,... na minha opinião até superiores aos originais.
mas a grande maioria só piora :D
Acho o primeiro um clássico. São várias as sequências que se tornaram antológicas, marcando o subconsciente de quem viu o filme. Acho que o impacto maior ficou para quem era criança na época - como eu. Impossível ver tv com chuvisco e não lembrar de Carol Anne...A música também é marcante, uma referência para os filmes de terror...
A sequência de mortes reais reforçou o mito - coincidências fatídicas.
As sequências são ruins mesmo. O terceiro tem ainda a marca macabra da morte da garottinha, que teve morreu durante as filmagens. Se reparar bem, tem cenas em que foi usada uma dublê...tão macabro!
abs
Cine31 - As duas sequências são dispensáveis e concordo que existem sequências até melhores que os originais, porém isso acontece quando a premissa é respeitada e geralmente quando o diretor do original continua a frente da franquia.
Renato - Muitas vezes os envolvidos nas sequências não tem ligação alguma com o original e o interesse é apenas em lucrar. Nestes casos o resultado é sempre ruim.
Ka - Também assisti quando era adolescente e realmente algumas cenas assustavam. A música é de Jerry Goldsmith, responsável por outros filmes de sucesso como Rambo.
Abraço
Outro filme de terror famoso do Tobe Hooper foi Pague Para Entrar, Reze Para Sair. Mas aí é um slasher, né? Já é outro tipo de terror que pede mesmo cenas mais brutais.
Bom, é interessante lembrar que o 1º filme da trilogia aqui é uma sátira (inclusive, ninguém morre ali). A parte do pai botando a televisão pra fora na última cena é inegavelmente pra rir.rs
O 2º filme, apesar de apelar pro terror mais do que o 1º, também não chega a ser tããããão apavorante assim. Tem algumas coisas meio assustadoras, como você disse, mas fica nisso. Mas achei legal.
E o 3º filme, embora complete a história, parece mesmo uma parte meio desconexa das 2 primeiras. E a última cena dá a entender que a história vai continuar. Mas ficou por ali mesmo.
Já falei sobre Poltergeit lá no meu blog.
Bússola - Pague para Entrar, Reze para Sair tem toda a cara de Hooper, diferente de Poltergeist. É um slasher bem legal.
Uma nova sequência de Poltergeist morreu com o fracasso da fraca parte III.
Não duvido que em breve algum produtor queira fazer um reboot.
Abraço
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