Direção – Carlos Sorin
Elenco – Javier Lombardo, Antonio Benedicti, Javiera Bravo,
Julia Solomonoff, Anibal Maldonado, Mariela Diaz.
Na pequena comunidade de Fitzroy, interior da Argentina na
região da Patagônia, três personagens iniciam uma jornada em direção a cidade
de San Julian, cada com um objetivo aparentemente simples, porém de grande
importância pessoal.
A jovem Maria (Javiera Bravo) é sorteada para participar
de um programa de televisão onde concorrerá a prêmios. Preocupada em viajar com
o filho pequeno e deixar o marido, ela acaba convencida por uma amiga (Mariela
Diaz).
O segundo personagem é Roberto (Javier Lombardo), um vendedor que viaja
pelo país e prepara uma surpresa para o aniversário do filho de uma cliente por
quem ele está apaixonado.
O terceiro é mais sensível personagem é o idoso Dom
Justo (Antonio Benedicti), que é proprietário de um mercadinho na beira da
rodovia e vive com o filho e a nora. Quando um amigo avisa Dom Justo que seu
cachorro Malacara que havia desaparecido há alguns anos está em um armazém em
San Julian, o idoso decide viajar pedindo carona, já que seu filho não aprova
que o pai viaje 300 km para buscar o cão.
O roteiro de Pablo Solarz é
extremamente sensível ao criar três histórias interpretadas por personagens
comuns que levam uma vida simples numa região quase deserta. Durante a jornada,
cada um dos protagonistas cruza com personagens interessantes, alguns que
também estão viajando, como a bióloga Julia (Julia Solomonoff) e outros que
abrem o coração para ajudar, como o mestre de obras Fermin (Anibal Maldonado). Vale destacar ainda a bela fotografia, que aproveita a paisagem natural das
estradas da Patagônia.
Como curiosidade, grande parte do elenco de apoio é
formado por pessoas da região onde o longa foi filmado, inclusive o
protagonista Antonio Benedicti, que interpreta com grande naturalidade o
obstinado Dom Justo. Por sinal, este filme consta como único trabalho deste
senhor como ator, assim como a jovem Javiera Bravo.
O resultado é um pequeno
grande filme que merece ser descoberto.
2 comentários:
O cinema argentino sempre cria filmes curiosos e muito interessantes, mostrando ser um grande rival do Brasil não somente no futebol.
abraço
Marcelo - O crescimento em qualidade do cinema argentino na última década foi fantástico.
Abraço
Postar um comentário