quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Histórias Mínimas

Histórias Mínimas (Historias Mínimas, Argentina, 2002) – Nota 8
Direção – Carlos Sorin
Elenco – Javier Lombardo, Antonio Benedicti, Javiera Bravo, Julia Solomonoff, Anibal Maldonado, Mariela Diaz.

Na pequena comunidade de Fitzroy, interior da Argentina na região da Patagônia, três personagens iniciam uma jornada em direção a cidade de San Julian, cada com um objetivo aparentemente simples, porém de grande importância pessoal. 

A jovem Maria (Javiera Bravo) é sorteada para participar de um programa de televisão onde concorrerá a prêmios. Preocupada em viajar com o filho pequeno e deixar o marido, ela acaba convencida por uma amiga (Mariela Diaz). 

O segundo personagem é Roberto (Javier Lombardo), um vendedor que viaja pelo país e prepara uma surpresa para o aniversário do filho de uma cliente por quem ele está apaixonado. 

O terceiro é mais sensível personagem é o idoso Dom Justo (Antonio Benedicti), que é proprietário de um mercadinho na beira da rodovia e vive com o filho e a nora. Quando um amigo avisa Dom Justo que seu cachorro Malacara que havia desaparecido há alguns anos está em um armazém em San Julian, o idoso decide viajar pedindo carona, já que seu filho não aprova que o pai viaje 300 km para buscar o cão. 

O roteiro de Pablo Solarz é extremamente sensível ao criar três histórias interpretadas por personagens comuns que levam uma vida simples numa região quase deserta. Durante a jornada, cada um dos protagonistas cruza com personagens interessantes, alguns que também estão viajando, como a bióloga Julia (Julia Solomonoff) e outros que abrem o coração para ajudar, como o mestre de obras Fermin (Anibal Maldonado). Vale destacar ainda a bela fotografia, que aproveita a paisagem natural das estradas da Patagônia. 

Como curiosidade, grande parte do elenco de apoio é formado por pessoas da região onde o longa foi filmado, inclusive o protagonista Antonio Benedicti, que interpreta com grande naturalidade o obstinado Dom Justo. Por sinal, este filme consta como único trabalho deste senhor como ator, assim como a jovem Javiera Bravo. 

O resultado é um pequeno grande filme que merece ser descoberto. 

2 comentários:

Marcelo Keiser disse...

O cinema argentino sempre cria filmes curiosos e muito interessantes, mostrando ser um grande rival do Brasil não somente no futebol.

abraço

Hugo disse...

Marcelo - O crescimento em qualidade do cinema argentino na última década foi fantástico.

Abraço