domingo, 13 de maio de 2012

O Pecado de Todos Nós

O Pecado de Todos Nós (Reflections in a Golden Eye, DEUA, 1967) – Nota 7,5
Direção – John Huston
Elenco – Marlon Brando, Elizabeth Taylor, Brian Keith, Julie Harris, Robert Forster, Zorro David, Gordon Mitchell.

Numa base militar no sul dos EUA, o Major Penderton (Marlon Brando) vive uma crise com sua esposa Leonora (Elizabeth Taylor). Penderton é um sujeito frio que esconde o desejo homossexual pelo soldado Williams (Robert Forster estreando no cinema). Enquanto isso, o próprio Williams cobiça Leonora, que por outro lado tem um caso com o Tenente Coronel Langdon (Brian Keith). Langdon é casado com a complicada Alison (Julie Harris), que passa por problemas emocionais, sendo taxada por todoss como louca. 

Esta ciranda de sexo, traição e mentiras é baseada num romance da escritora Carson McCullers, que desnuda aqui toda a hipocrísia e o falso moralismo presente no sul dos EUA na época. 

As interpretações de Marlon Brando e Elizabeth Taylor são perfeitas, inclusive em cenas fortes, como na briga após o personagem de Brando agredir um cavalo. 

O fime tem ainda uma bela fotografia, porém não fez sucesso e acabou redescoberto pelas novas gerações. 

No geral é um interessante trabalho de John Huston.

7 comentários:

Rafael W. disse...

Marlon Brando e Liz Taylor? Nossa, que foda!

http://eaicinefilocadevoce.blogspot.com.br/

Jefferson C. Vendrame disse...

Grande Hugo,
Como vai?
Cara, já vi o trailer desse filme em algum DVD que tenho aqui em casa, confesso que ele não me chamou a atenção na ocasião, primeiro porque não sou muito fã do cinema da segunda metade da década de 60 em diante (inclusive muitos filmes dessa época nem mesmo alcançaram nossos dias, em constantes relançamentos e muito prestigio como ocorrem com o cinema dos anos 30,40 e 50)e em segundo porque gosto mais do cinema "tradicionalista", onde as coisas eram sugeridas através de diálogos ambíguos, como em Uma Rua Chamada Pecado e Gata em Teto de Zinco Quente, sempre achei que é bem mais interessante esconder, do que extrapolar e mostrar tudo. Nessa altura o cinema já estava "safadinho" e é isso que não me desperta o interesse por ele.
Mas reconheço que se tratando de Huston, Brando e Taylor, eu TENHO que assistir,e ao fazê-lo numa dessas me surpreendo e acabo mudando de opinião. Mas hoje sem ter visto, eu parto de um pressuposto que é um tipo de filme que não irei gostar assim como O Último Tango em Paris e outros com "temas" picantes...

Parabéns pelo Post.

Grande Abraço

O Narrador Subjectivo disse...

Este filme tem um dos melhores trabalhos de fotografia do cinema americano, é incrível e condiz com o título :) Uma óptima recomendação, Hugo. Cumprimentos

Hugo disse...

Rafael - É um drama pesado.

Jefferson - É um filme mais forte do que "Gata em Teto de Zinco Quente" por exemplo, mas mesmo assim ainda é mais sútil que os dramas atuais. A questão é que os problemas de cada personagem são mostrados claramente.

Narrador - A fotografia é belíssima.

Abraço a todos

Clenio disse...

Só assisti a este filme recentemente e confesso que esperava mais dele. Ainda assim tem algumas cenas ótimas (em especial quando Liz Taylor enche Brando de chibatadas) e um clima interessante.

Abraços
Clênio
www.lennysmind.blogspot.com
www.clenio-umfilmepordia.blogspot.com

Gilberto Carlos disse...

Um filme muito interessante. Mostra que todos tem os seus pecados, até Marlon Brando que é apaixonado por um oficial mas não tem coragem de assumir esse amor. O papel era para ser feito por Montgomery Clift, mas ele acabou morrendo antes disso.

Hugo disse...

Clênio - Esta cena com certeza é mais famosa.

Abraço