Grite, Grite Outra Vez! (Scream and Scream Again!, Inglaterra, 1970) – Nota 5,5
Direção – Gordon Hessler
Elenco –
Vincent Price, Christopher Lee, Peter Cushing.
O filme conta três histórias paralelas: Um cientista maluco
(Vincent Price) sequestra um atleta para ser usado como cobaia numa experiência
com o objetivo de criar uma raça perfeita. Enquanto isso, nas ruas de Londres
um assassino mata suas vítimas e as deixa sem sangue. A terceira trama se passa
num país fictício, onde um ditador comanda com mão de ferro.
Este longa da
produtora inglesa Hammer, que era especialista no gênero terror, tem um roteiro
confuso e algumas passagens sem explicação. O que chama a atenção é a presença do trio
principal, já que Vincent Price, Christopher Lee e Peter Cushing estavam entre
os nomes mais famosos do gênero na época. Como curiosidade, dois detalhes: Apenas Christopher
Lee ainda está vivo e continua na ativa com quase noventa anos de idade e o filme passou dezenas de vezes nas madrugadas da tv aberta nos oitenta.
Magia Negra (Magic, EUA, 1978) – Nota 6,5
Direção –
Richard Attenborough
Elenco –
Anthony Hopkins, Ann Margret, Burgess Meredith, Ed Lauter, David Ogden Stiers.
O ventríloquo Corky (Anthony Hopkins) é um homem tímido que começa
a fazer sucesso com seu boneco Fats, onde mostra seu outro lado, interpretando
um sujeito desbocado e sem medo. O sucesso acaba o assustando, fazendo com que
ele tente fugir do seu empresário (Burgess Meredith, o treinador Mickey da
série “Rocky”), voltando para sua cidade natal. Lá ele reencontra um amor da
juventude (Ann Margret), hoje casada com um antigo astro do time de futebol do
colégio (Ed Lauter). Aos poucos a personalidade do boneco começa a dominar a mente
do perturbado Corky, que não sabe lidar com seu lado obscuro.
Este filme de
Richard Attenborough (“Ghandi”) não tem nada de magia negra, sendo na realidade
um suspense que brinca com a sanidade do protagonista, muito bem interpretado
por Anthony Hopkins, na época ainda um ator pouco conhecido.
Semente do Diabo (Prophecy, EUA, 1979) – Nota 5
Direção –
John Frankenheimer
Elenco –
Talia Shire, Robert Foxworth, Armand Assante, Richard Dysart, Victoria Racimo.
O médico Bob (Robert Foxworth) trabalha atendendo a
população de um bairro pobre. Pela sua habilidade de lidar com pessoas, Bob
recebe o convite de intermediar uma disputa de terras entre índios e uma
indústria de papel no Estado do Maine. Bob leva sua esposa (Talia Shire) e terá
de montar um relatório ambiental que será usado para decidir quem tem razão na
disputa, o problema é que alguns lenhadores foram encontrados mortos e o
responsável pela indústria tem certeza que os índios foram os assassinos. Por
outro lado, os índios acreditam que uma espécie de monstro que vive floresta
matou os lenhadores.
Este misto de terror e denúncia ambiental foi uma grande
bola fora na carreira de John Frankenheimer. O roteiro do também diretor David
Seltzer é confuso ao misturar o misticismo dos índios com a poluição do meio
ambiente causada pela indústria de papel, lembrando um cruzamento ruim de “O
Bebê de Rosemary” com “O Monstro do Pântano”, além de criar personagens fracos,
com a insossa Talia Shire (a Adrian da série “Rocky” que também é irmã do
diretor Francis Ford Coppola) e o canastrão Armand Assante como o líder dos
índios.
3 comentários:
Nesse ponto, A Semente do Diabo parece ter cometido o mesmo erro de roteiro de Octaman, de 1971, em que um bando de polvos bizarros (um deles, meio humanóide) aparecem num lago do México, mas o roteiro deixa a origem das criaturas indefinida: ao mesmo tempo em que explica que as criaturas são polvos normais transformados em mutantes por radiação atômica, também mostra que um deles era um monstro que fazia parte do folcore dos índios locais.
Adoraria ver MAGIA NEGRA, Hugo.
O Falcão Maltês
Bússola - Não conheço este "Octaman", mas tem toda a cara de filme B. Fiquei curioso.
Antonio - Dos três é o melhor filme, apesar do título enganoso.
Abraço
Postar um comentário