Nesta postagem escrevo sobre dois filmes de suspense que se passam dentro de um submarino nuclear. As diferenças estão na perspectiva, enquanto "Maré Vermelha" é um drama dentro de um submarino americano, "K-19: The Widowmaker" tem como base um fato real ocorrido em um submarino soviético durante a Guerra Fria.
Maré Vermelha (Crimson Tide, EUA, 1995) – Nota 7
Direção – Tony Scott
Elenco – Denzel Washington, Gene Hackman, George Dzundza, Matt Craven, Viggo Mortensen, James Gandolfini, Rocky Carroll, Jaime Gomez, David Nucci, Lillo Brancato Jr, Michael Milhoan, Jason Robards, Rick Schroder, Steven Zahn.
Quando rebeldes entram em conflito com o governo russo, os americanos ficam preocupados numa possível tomada de poder que poderia acarretar num ataque aos EUA. Para se precaver, o governo americano envia o submarino nuclear Alabama para navegar por águas soviéticas para o caso de alguma emergência.
O responsável é o Capitão Frank Ramsey (Gene Hackman), sujeito linha dura que dedicou toda sua vida a marinha e exige isso dos comandados, inclusive do Oficial Ron Hunter (Denzel Washington), o primeiro abaixo dele na cadeia de comando e que ao contrário do capitão, pensa no lado humano, sendo totalmente contra qualquer conflito armado.
Quando chega um mensagem ao submarino informando que houve disparos com os EUA, a situação fica tensa e os conflitos começam a aparecer, explodindo no momento em que uma segunda mensagem é recebida totalmente confusa, sem explicar se deve ser feito ou não o revide, o que leva o capitão a insistir no contra ataque e o oficial a exigir a confirmação da mensagem.
Apesar de ser um longa de ficção, o roteiro tem bons momentos de suspense, principalmente nos duelos entre Gene Hackman e Denzel Washington que acabam por dividir os tripulantes, que por sinal são interpretados por bons atores, entre eles os hoje famosos Viggo Mortensen e o “Tony Soprano” James Gandolfini. O ponto falho é a falta de um clímax, que após muito barulho e discussões, a história termina de forma morna.
K-19: The Widowmaker (K-19: The Widowmaker, Inglaterra / Alemanha / EUA / Canadá, 2002) – Nota 7
Direção – Kathryn Bigelow
Elenco – Harrison Ford, Liam Neeson, Peter Sarsgaard, Sam Spruell, Peter Stebbins, Christian Camargo, Joss Ackland, John Shrapnel, Lex Shrapnel.
Baseado numa história real, o longa se passa em 1961 no auge da Guerra Fria, quando a União Soviética acreditando que poderia ser atacada pelos EUA, que mantinha submarinos nucleares em águas européias, desenvolveu o submarino K-19 que seria carregado com artefatos nucleares e enviado para próximo dos EUA, com o intuito de mostrar força e brecar um possível ataque americano.
A questão é que diversos problemas aconteceram desde a construção do submarino, que foi montado sobre a pressão do Partido Comunista e com isso nem todos os esquipamentos foram testados corretamente. O responsável pela embarcação seria o Capitão Mikhail Polenin (Liam Neeson), que por discordar da situação e pensar em seus subordinados, acaba perdendo o comando para Alexi Vostrikov (Harrison Ford), oficial de lealdade cega ao partido, que com suas atitudes acaba colocando o submarino em perigo quando o sistema de refrigeração falha e o reator nuclear corre o risco de explodir.
O roteiro mostra que este quase desastre foi escondido pelos soviéticos durante trinta anos e apenas a após o final do regime comunista que os envolvidos resolveram contar o que houve. O filme é apenas correto, tendo como ponto principal a história, principalmente para quem gosta do tema. O elenco não compromete mas também não brilha, tendo como curiosidade a direção de Kathryn Bigelow que ficaria famosa sete anos depois com o Oscar por “Guerra ao Terror”.
4 comentários:
Não vi ambos, e sinceramente, pouco me chama a atenção. Abraços.
Os dois são bons, mas excelente mesmo é o clássico O Barco (81) do Wolfgang Petersen, em sua boa época.
Abs.
RODRIGO
Rodrigo - São filmes para quem gosta do tema.
Rodrigo Mendes - Concordo, este é um filmaço alemão, extremamente claustrofóbico. Um dos melhores trabalhos de Wolfgang Petersen.
Abraço
Adorei o K19. Mas também sou muito suspeita para falar, sou fã incontornável do Peter Saarsgard, vi todos os filmes dele. Parabéns pelo blog (:
Sarah
http://depoisdocinema.blogspot.com
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