A história do gorila gigante King Kong já foi levada ao cinema em quatro oportunidades, sendo a primeira ainda a melhor, produzida em 1933 e refilmada com talento e doses extras de violência por Peter Jackson em 2003. Entre estes longas, existe uma versão apenas razoável de 1976, que serviu para revelar a bela e também boa atriz Jessica Lange e uma rídicula continuação em 1986. Vou escrever um pouco sobre os quatro filmes.
King Kong (King Kong, EUA, 1933) – Nota 8,5
Direção – Merian C. Cooper & Ernest B. Shoedsack
Elenco – Fay Wray, Robert Armstrong, Bruce Cabot, Frank Reicher, Sam Hardy, Noble Johnson
King Kong (King Kong, EUA, 2003) – Nota 8
Direção – Peter Jackson
Elenco – Naomi Watts, Jack Black, Adrien Brody, Thomas Kretschmann, Colin Hanks, Andy Serkis, Evan Parke, Jamie Bell, Kyle Chandler, Lobo Chan.
Os dois longas contam a mesma história. Uma equipe de filmagens viaja para uma ilha desconhecida e descobre uma civilização primitiva que oferece mulheres para sacrifício a um gorila gigante. As coisas se complicam quando a estrela do filme, Ann Darrow (Fay Wray no original e Naomi Watts na refilmagem) é sequestrada pelos nativos e entregue ao gorila. O diretor do filme, Carl Denham (Robert Armstrong e Jack Black) e alguns homens de sua equipe, entre eles Jack Driscoll (Bruce Cabot e Adrien Brody) entram na espécie de santuário onde vive o gorila para tentar resgatar a jovem, o que conseguem, mas Denham vê isso como uma chance de capturar o animal e ficar rico o transformando numa atração de circo.
Por ser a original e ter sido produzida nos primórdios no cinema, merece ser considerada a melhor versão, pelos ótimos efeitos especiais feitos com miniaturas que incrementaram as cenas de ação e que até hoje são interessantes, além da curiosa relação de amor entre o gorila e a bela Fay Wray, com certeza uma grande novidade na época.
Esta versão de Peter Jackson sem dúvida é a mais violenta, com muita ação em uma ilha repleta de animais primitivos que a equipe que terá de enfrentar para resgatar a garota e capturar o gorila. Como destaque posso destacar a qualidade técnica, marca registrada dos filmes do diretor.
King Kong (King Kong, EUA, 1976) – Nota 6,5
Direção – John Guillermin
Elenco – Jeff Bridges, Jessica Lange, Charles Grodin, John Randolph, Rene Auberjonois, Julius Harris, Jack O’Halloran, Ed Lauter.
Um navio de uma companhia está a procura de novas jazidas de petróleo quando um fotógrafo que está como clandestino (Jeff Bridges) vê uma garota à deriva em um bote. A garota (Jessica Lange) é resgatada e diz ter sobrevivido a um naufrágio. Seguindo viagem, o navio chega a uma ilha onde ao mesmo tempo em que os ocupantes descobrem uma nova fonte de petróleo mas que não poderá ser explorada, encontram uma tribo primitiva que oferece mulheres a um gorila gigante. Os nativos sequestram a garota e o líder da expedição (Charles Grodin) vê na chance de resgatar a garota e capturar o animal o sucesso que precisa para compensar o petróleo perdido.
Esta versão produzida pelo italiano Dino de Laurentiis é a mais fraca das três, que apesar do bom elenco, perde em comparação a ação tanto do original quando da violenta versão de Peter Jackson.
King Kong II (King Kong Lives, EUA, 1986) – Nota 3
Direção – John Guillermin
Elenco – Brian Kerwin, Linda Hamilton, John Ashton, Peter Michael Goetz.
Uma das continuações mais picaretas da história do cinema, nesta sequência produzida novamente pelo italiano Dino de Laurentiis, ele utilizou os direitos que tinha sobre a história para tentar capitalizar algum lucro, numa época em que filmes de ação, ficção e terror estavam em alta e a maioria de seus filmes fracassavam nas bilheterias. O filme começa onde parou a versão de 1976, com King Kong morto sendo levado a um laboratório onde cientistas implantam um coração mecânico, mas para ressuscitar o monstro seria necessário encontrar sangue de outra criatura da mesma espécie. Uma expedição encontra uma fêmea na floresta amazônica e a leva para os EUA, desta vez criando uma história de amor entre os dois gorilas, que inclusive terão um filhote.
O filme é uma vergonha para a boa carreira do diretor John Guillermin (“Inferno na Torre”, “A Ponte da Remagem”) e para Linda Hamilton que vinha do sucesso de “O Exterminador do Futuro” e fez a péssima escolha de protagonizar este longa e ainda ter como par o fraco Brian Kerwin.
6 comentários:
Eu adoro King Kong, apesar de achar bem viajante a relação de amor entre gorila e a moça. Ótimas ponderações sobre as versões!!!
Eu não vi o original , mas acho o remake apenas razoável .
Abraços .
Hugo, virei seu seguidor!
=P
Viste muitos King Kong de facto. Boa iniciativa. Eu apenas vi os dois "principais" e quanto a esses posso dizer que gostei bem mais do original de 1933. Parece-me muito mais influente e relevante do que o remake de Peter Jackson que se torna demasiado longo e inconsequente.
Abraço
Eu sou fã mesmo do remake de Jackson, somente!!! Ainda mais com a Naomi Watts!
Marcelo - A história de amor é um pouco exagerada, principalmente na versão de Peter Jackson, mas no original foi um grande sacada do roteirista, pois nada parecido havia sido feito no cinema ainda.
Gabriel - Eu gostei do remake, mas o original é superior.
Luis - Visite sempre meu amigo.
Fifeco - Concordo plenamente, o original é mais curto e vai direto ao ponto.
Ricardo - É sempre um prazer cer a bela Naomi Watts.
Abraço a todos
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