Oh Lucy! (Oh Lucy!, Japão / EUA, 2017) – Nota 7,5
Direção – Atsuko Hirayanagi
Elenco – Shinobu Terajima, Josh Hartnett, Kaho Minami, Koji
Yakusho, Shioli Kutsuna, Megan Mullaly, Reylo Aylesworth.
Em Tóquio, Setsuko (Shinobu Terajima) é uma solitária
funcionária de um escritório que fica empolgada ao começar um bizarro curso de
inglês indicado por sua sobrinha (Shioli Kutsuna). Setsuko se sente atraído
pelo professor americano (Josh Hartnett), que tem o hábito de abraçar as alunos
para criar um laço.
Quando o professor e sua sobrinha fogem juntos para Los
Angeles, ela e sua irmã (Kaho Minami) que se odeiam, decidem viajar para os EUA
à procura do casal. É o início de uma complicada aventura em um país
completamente novo.
Este sensível drama tem semelhanças com o ainda mais
estranho “Kumiko – A Caçadora de Tesouros”. A personagem principal aqui é uma
pessoa cheia de defeitos, com atitudes incomuns e que vê no professor a chance
de encontrar o amor.
O roteiro utiliza a carência da personagem como
combustível para criar sequências engraçadas, outras tristes e algumas
constrangedoras, além de um final surpreendente.
A diretora Atsuko Hirayanagi
estreia no cinema adaptando a história que ela mesma filmou como curta-metragem
três anos antes. Destaque para a atuação de Shinobu Terajima, perfeita como a
atormentada protagonista.
Jantar com Beatriz (Beatriz at Dinner, EUA, 2017) – Nota 5,5
Direção – Miguel Arteta
Elenco – Salma Hayek, John Lithgow, Connie Britton, Jay
Duplass, Amy Landecker, Chloe Sevigny, David Warshofsky.
Em Los Angeles, Beatriz (Salma Hayek) é uma imigrante
especializada em medicina alternativa que ajuda pacientes em um hospital. Uma de
suas clientes é Kathy (Connie Britton), que mora em uma mansão e que aparentemente a considera uma amiga por ter ajudado a tratar de sua filha
adolescente quando esta teve câncer.
Após uma sessão de rotina com Kathy,
Beatriz não consegue ir embora porque seu carro apresenta um problema. Kathy
convida Beatriz para passar a noite na casa e até participar do jantar com dois
casais de amigos. Não demora para as diferenças sociais e de valores virem à tona.
O roteiro escrito pelo ator e diretor Mike White foca no desgastado tema
da luta de classes e na diferença de valores entre as pessoas. Infelizmente o
roteiro deixa bastante a desejar. Ele explora os clichês dos personagens
masculinos ricos e inescrupulosos e as personagens femininas alienadas,
enquanto a moral verdadeira estaria na simples trabalhadora vivida por Salma
Hayek.
Mesmo com o ponto alto do longa sendo as discussões entre Salma Hayek e
o empresário interpretado com cinismo por John Lithgow, a história jamais
decola. É um filme que beira o politicamente correto de uma forma ingênua.
6 comentários:
Oh Lucy. não conheço mas pela sua resenha fiquei interessada.
Por que os americanos fugiram?
"Jantar com Beatriz", já vi e achei mais ou menos.
A atriz Connie Britton toda linda, acho boa atriz.
Liliane - Oh, Lucy! é um filme diferente. O casal foge porque estava namorando escondido da mãe da garota.
Fiquei curiosa com Oh Lucy! Deve ser muito diferente e bem interessante.
E tem final surpreendente.
Jantar com Beatriz vou passar, não gosto muito desse negócio de luta de classes, valores intrínsecos e o politicamente correto as vezes é colocado de maneira taxativa e didática.
Luli - Apenas "Oh Lucy" vale a sessão. É uma história diferente e curiosa.
Bjs
Oh Lucy! é muito bonito e certamente assistirei novamente.
Marília - É um filme bem interessante.
Postar um comentário