quarta-feira, 6 de março de 2019

Filmes Brasileiros - Resenhas Rápidas

O Invasor (Brasil, 2002) – Nota 8 
Direção– Beto Brant 
Elenco – Marco Ricca, Alexandre Borges, Paulo Miklos, Mariana Ximenes, Malu Mader, Chris Couto, George Freire, Sabotage.

Dois engenheiros (Alexandre Borges e Marco Ricca) armam um plano para assassinar o terceiro sócio (George Freire), mas não imaginam que após cometer o crime, o matador profissional (Paulo Miklos) decide se tornar sócio da empresa, transformando a vida da dupla em um pesadelo. Bom filme que mistura drama, suspense e policial com personagens desonestos e ambiciosos. Destaque também para a beleza de Malu Mader interpretando uma garota de programa

O Xangô de Baker Street (Brasil, 2001) – Nota 7
Direção – Miguel Faria Jr
Elenco – Joaquim de Almeida, Marco Nanini, Maria de Medeiros, Anthony O’Donnell, Claudia Abreu, Claudio Marzo, Thalma de Freitas, Caco Ciocler, Marcello Antony, Leticia Sabatella, Emiliano Queiroz, Antonio Pompeo, Jô Soares.

Divertido longa de ficção baseado no livro de Jô Soares que explora uma viagem de Sherlock Holmes (Joaquim de Almeida) ao Rio de Janeiro no século XIX. Os pontos altos são a ótima reconstituição de época e os diálogos que brincam com a diferença de costumes entre Holmes e os brasileiros.  Destaque para a sequência no terreiro de candomblé. O caso policial investigado pelo protagonista é previsível.

Boca de Ouro (Brasil, 1963) – Nota 7,5
Direção – Nelson Pereira dos Santos
Elenco – Jece Valadão, Odete Lara, Daniel Filho, Ivan Cândido, Mauricio do Valle.

Após a morte do excêntrico bicheiro Boca de Ouro (Jece Valadão), um jornalista (Ivan Cândido) tenta fazer uma reportagem sobre sujeito através de uma entrevista com a amante do falecido (Odete Lara). Baseado numa obra de Nelson Rodrigues, o filme detalha a vida bandido Boca de Ouro no submundo do Rio de Janeiro dos anos cinquenta.

O Que é Isso Companheiro? (Brasil, 1997) – Nota 6
Direção – Bruno Barreto
Elenco – Alan Arkin, Pedro Cardoso, Fernanda Torres, Luis Fernando Guimarães, Nelson Dantas, Matheus Nachtergaele, Caroline Kava, Fisher Stevens, Claudia Abreu, Selton Mello, Fernanda Montenegro, Milton Gonçalves, Caio Junqueira, Eduardo Moscovis.

Em 1969, um grupo revolucionário sequestrou o embaixador americano (Alan Arkin) exigindo a libertação de companheiros que estavam presos por crimes contra o governo. Baseado em um livro do jornalista e político Fernando Gabeira, que participou do sequestro, este longa foi uma tentativa de alçar um produção brasileira ao nível internacional, porém resultou em uma obra comercial no máximo mediana. As poucas cenas de tensão não convencem.

Guerra de Canudos (Brasil, 1997) – Nota 6,5
Direção – Sergio Rezende
Elenco – José Wilker, Paulo Betti, Marieta Severo, Claudia Abreu, Selton Mello, Roberto Bontempo, José de Abreu, Tuca Andrada, Tonico Pereira.

Esta superprodução brasileira resultou em uma obra irregular baseada na história de Antonio Conselheiro (José Wilker) que liderou uma revolução no interior da Bahia no final século XIX e que terminou em tragédia. As quase três de duração são cansativas, assim como as interpretações e a narrativa que não conseguem fugir do estilo das obras para tv. 

Quem Matou Pixote? (Brasil, 1996) – Nota 6
Direção – José Joffily
Elenco – Cassiano Carneiro, Luciana Rigueira, Joana Fomm, Tuca Andrada, Roberto Bomtempo, Maria Luisa Mendonça, Anselmo Vasconcelos.<

O sucesso do filme “Pixote” em 1981 deu chance ao protagonista Fernando Ramos da Silva (Cassiano Carneiro) trabalhar como ator, porém a falta de estudo, de uma família estruturada e seus próprios erros o levaram de volta ao ostracismo, em seguida ao crime e a sua morte aos dezenove anos. O filme tenta romantizar a história real, colocando o jovem como uma vítima do sistema em relação ao fracasso na carreira. Vale citar que do elenco de garotos desconhecidos em “Pixote”, Fernando foi o único que teve chance de fazer uma carreira como ator.

A Maldição do Sanpaku (Brasil, 1991) – Nota 6
Direção – José Joffily
Elenco – Patricia Pillar, Felipe Camargo, Roberto Bomtempo, Sergio Britto, Anselmo Vasconcelos, Rogéria, Jonas Bloch, Nelson Dantas.

Um ladrão pé-de-chinelo (Roberto Bomtempo) rouba uma pedra preciosa e por isso se torna alvo de uma quadrilha. Para tentar se safar, o sujeito envolve no crime seu melhor amigo (Felipe Camargo) e a namorada deste (Patricia Pillar). O longa tenta copiar o estilo noir misturado com a malandragem do brasileiro sem muito sucesso. A narrativa arrastada e a falta de ação também não ajudam. 

Baile Perfumado (Brasil, 1997) – Nota 6
Direção – Paulo Caldas & Lírio Ferreira
Elenco – Duda Mamberti, Luís Carlos Vasconcelos, Aramis Trindade, Chico Diaz, Claudio Mamberti, Giovanna Gold, Jofre Soares.

Década de trinta, nordeste brasileiro. Um vendedor libanês (Duda Mamberti) decide arriscar a vida para filmar o dia a dia do bando de Lampião (Luís Carlos Vasconcelos). O sujeito acredita que o filme o deixará rico assim que Lampião for assassinado. O filme explora a folclórica e violenta história do cangaceiro Lampião através de uma narrativa que insere pitadas de humor. O filme fez sucesso com a crítica, mas está longe de ser uma obra que agrade ao público em geral.

A Terceira Morte de Joaquim Bolivar (Brasil, 2000) – Nota 5
Direção – Flávio Cândido
Elenco – Sérgio Siviero, Othon Bastos, Jonas Bloch, Antonio Pitanga, Maria Lúcia Dahl, Jorge Cherques.

A trama dividida em três épocas (1964, 1979 e 2000) foca na briga entre um barbeiro comunista Joaquim Bolivar (Sergio Siviero) e o Coronel Gaudêncio (Othon Bastos), o homem mais rico de uma cidade fictícia no interior do Rio de Janeiro. O roteiro tenta explorar a questão a corrupção política no país nas épocas citadas em uma trama que em momento algum empolga. É um drama com cara de teatro filmado.

O Quatrilho (Brasil, 1995) – Nota 6
Direção – Fábio Barreto
Elenco – Glória Pires, Patricia Pillar, Alexandre Paternost, Bruno Campos, Gianfrancesco Guarnieri, Claudio Mamberti, José Lewgoy, Cecil Thiré.

Interior do Rio Grande do Sul, 1910. A falta de dinheiro faz com que dois casais decidam morar na mesma casa. Em meio a pobreza, o marido de uma se apaixona pela esposa do outro e o novo casal foge. Os parceiros abandonados precisam enfrentar a situação juntos. A indicação deste drama triste e ao mesmo tempo previsível ao Oscar de Filme Estrangeiro foi um exagero que elevou o patamar do longa para mais alto do que realmente merece. As interpretações novelescas e o ritmo lento atrapalham bastante.

6 comentários:

Pedrita disse...

faz um tempinho q vi invasor e gostei bastante. eu achei fascinante que conseguiram fazer um bom filme de xangô de baker street baseado em um livro tão fraquinho. o q é isso companheiro é incrível, que filme. guerra de canudos sempre quis ver. mas passa pouco na tv a cabo. qd passo sempre perco. pixote eu gravei faz tempo mas ainda não vi. baile perfumado é incrível. eu sou apaixonada por quatrilho, não canso de ver. beijos, pedrita

Liliane de Paula disse...

Um festival de cinema brasileiro, com certeza.
Desses só vi "O quatrilho" e na ocasião gostei.

"Que é isso, companheiro", li o livro e que achei bom, bem escrito.

Vou agora atrás das suas resenhas dos filmes.

Liliane de Paula disse...

Voltei.
Li sua resenha sobre "Filhos da esperança" e agora devo ter minar o filme.
Não tenho fé alguma que vá gostar do filme.
Mas agora vou entender.

"The Lunchbox" é mesmo um bom filme.
Vi que o personagem de Saajan já tinha feito outros filmes que até já vi.

Hugo disse...

Pedrita - Desta lista, considero "O Invasor" e "Boca de Ouro" os melhores.

Liliane - O ator Irrfan Khan trabalhou em vários filmes famosos como "Quem Quer Ser um Milionário?" "As Aventuras de Pi".

Luli Ap. disse...

Quantos filmes nacionais!
Vou anotar todos.
Desses só assisti O Quatrilho e gostei muito.
Fiquei curiosa com O Xangô de Baker Street com essa inserção de Sherlock Holmes e O Invasor, que tem drama e suspense investigativo.
Bjs Luli
https://cafecomleituranarede.blogspot.com.br

Hugo disse...

Luli - Tem filmes para todos os gostos nesta lista.

Bjs