Direção – Uli Edel
Elenco – Martina Gedeck, Moritz Bleibtreu, Johanna Wokalek,
Nadja Uhl, Bruno Ganz, Stipe Erceg, Niels Bruno Schimdt, Heino Ferch, Alexandra
Maria Lara.
No final dos anos sessenta, jovens estudantes em vários
países protestavam nas ruas contra a Guerra do Vietnã e contra o capitalismo.
Na Alemanha Ocidental, a jornalista Ulrike Meinhof (Martina Gedeck) acompanhava
os protestos e escrevia matérias criticando o governo alemão.
Neste contexto,
ela se aproxima de Andreas Baader (Moritz Bleitbreu) e de sua namorada Gudrun
Ensslin (Johanna Wokalek) que lideravam um grupo denominado RAF (Fração do
Exército Vermelho).
Após ajudar Baader a fugir da polícia, Ulrike entra de vez
para a clandestinidade e passa a participar das violentas ações do grupo,
incluindo roubos a bancos, sequestros, assassinatos e ataques com bombas.
Este
ótimo longa foca numa história real semelhante ao que ocorreu em vários países
nos anos sessenta e setenta em que jovens revoltados acreditavam de forma ingênua que
poderiam derrubar seus governos, assim como Fidel Castro e Che Guevara fizeram
em Cuba. A ideologia logo se transformava em violência e por consequência o
governo revidava na mesma moeda.
O grande acerto deste longa é não glamourizar
as ações do grupo. O roteiro deixa claro que eram jovens com ódio que não
mediam as consequências dos ataques e nem se preocupavam se atingiriam
inocentes.
O ponto em comum entre os personagens é que para eles o grupo e a
ideologia eram mais importantes do que tudo, inclusive a família. Filhos, pais
e companheiros eram abandonados em nome da luta.
O resultado é um filme didático
para entender como funciona o pensamento daqueles que defendem o comunismo em
nome de uma falsa democracia, onde o que importa na verdade é ter poder.
5 comentários:
Lia sobre as atrocidades cometidas pelo grupo.
Muito bom o filme não mostrar glamour onde não tinha.
Mesmo sendo uma história baseada em fatos reais não tenho interesse.
Mas é uma aula de história, certamente.
Vc comentou de Lucky em fevereiro/2018.
Consegui gravar e assistir.
O filme foi melancôlico para mim.
A figura dele (Harry Dean Stanton) é melancôlica.
Lembro dele no Paris Texas.
Não identifiquei David Lynch (será o filho dele, o diretor?)
E não conhecia James Darren.
Achei interessante a fuga do "jabuti" e as considerações sobre a diferença com tartaruga.
Tem um filme ainda não lançado dele (Frank e Ava).
Hoje está fazendo 1 ano da morte dele aos 91 anos e feito cinema por 63 anos.
Parece que Palavras Cruzadas era mesmo uma paixão dele.
Liliane - Eram terroristas, nada mais do que isso.
Confesso que não conhecia o grupo é infelizmente esses atos da época eram bem violentos, assim como o revide dos governos e assim o ciclo não se fechava.
Pena os jovens seguirem ideologias que ainda hoje nunca resultaram em grandes avanços.
Tenho pena principalmente das famílias.
Bjs Luli
Luli - Eram grupos que acreditavam que poderiam mudar o mundo na base da violência.
Bjs
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