Fúria (Fury, EUA, 1936) – Nota 7,5
Direção – Fritz Lang
Elenco – Spencer Tracy, Sylvia Sidney, Walter Abel, Bruce
Cabot, Edward Ellis, Walter Brennan, Frank Albertson, George Walcott.
Joe Wilson (Spencer Tracy) precisa de dinheiro para casar
com a jovem Katherine (Sylvia Sidney). Enquanto ela volta para sua cidade
natal, Joe fica em Chicago e ao lado dos irmãos compra um pequeno posto de
gasolina. Um anos depois, Joe consegue comprar um carro e viaja para encontrar Katherine. Ao chegar em uma cidade próxima da casa da namorada, ele é abordado
por policiais e detido como suspeito de ter cometido um sequestro. Mesmo antes
da polícia terminar a investigação, a notícia de sua prisão vaza e a população local se une para fazer “justiça” com as próprias mãos.
O polêmico tema do linchamento foi abordado várias vezes no cinema, geralmente em westerns como o clássico “Consciências Mortas”. Aqui o roteiro divide a história em duas partes. A primeira foca na prisão do inocente e na ação da população raivosa. Uma reviravolta transforma a parte final em um drama de tribunal, com a história perdendo um pouco da força.
Por ser uma produção extremamente antiga, algumas coisas incomodam um pouco, como as atuações teatrais. Por outro lado, as sequências da população tentando invadir a delegacia são assustadoras por causa do ódio. Eu tive aula com um professor que dizia que “a massa é canalha”, ou seja, quando várias pessoas se unem para lutar por algo, elas geralmente deixam de lado a razão e acreditam não serem culpadas pelas consequências de forma individual.
Meados de 1939, pouco antes do início da Segunda Guerra
Mundial. O caçador inglês Alan Thorndike (Walter Pidgeon), que também é
capitão do exército, termina preso pelos nazistas por portar um rifle próximo a
residência de Hitler. Mesmo torturado pelos nazistas, Thorndike se recusa a
assinar um documento afirmando que tentaria matar Hitler a pedido do governo
britânico. Ele consegue fugir, mas ao voltar para Londres é perseguido por
agentes alemães.
Apesar da direção do grande Fritz Lang e da informação de que o longa foi baseado em uma reportagem da época, esta obra me decepcionou. Eu imaginava algo como um plano para assassinar Hitler, quando na verdade a trama é basicamente uma propaganda americana no estilo “esforço de guerra” para mostrar como os nazistas eram malvados. Fica difícil acreditar na motivação do protagonista que alegava não ter intenção de matar o Fuhrer.
As poucas cenas de perseguição nas ruas são fracas, assim como romance com a bela Joan Bennett não convence. A curiosidade é a participação de Roddy McDowall interpretando um esperto garoto alemão que ajuda o protagonista.
É um filme que envelheceu mal.
O polêmico tema do linchamento foi abordado várias vezes no cinema, geralmente em westerns como o clássico “Consciências Mortas”. Aqui o roteiro divide a história em duas partes. A primeira foca na prisão do inocente e na ação da população raivosa. Uma reviravolta transforma a parte final em um drama de tribunal, com a história perdendo um pouco da força.
Por ser uma produção extremamente antiga, algumas coisas incomodam um pouco, como as atuações teatrais. Por outro lado, as sequências da população tentando invadir a delegacia são assustadoras por causa do ódio. Eu tive aula com um professor que dizia que “a massa é canalha”, ou seja, quando várias pessoas se unem para lutar por algo, elas geralmente deixam de lado a razão e acreditam não serem culpadas pelas consequências de forma individual.
O Homem Que Quis Matar Hitler (Man Hunt, EUA, 1941) – Nota 6
Direção – Fritz Lang
Elenco – Walter Pidgeon, Joan Bennett, George Sanders, John
Carradine, Roddy McDowall.
Apesar da direção do grande Fritz Lang e da informação de que o longa foi baseado em uma reportagem da época, esta obra me decepcionou. Eu imaginava algo como um plano para assassinar Hitler, quando na verdade a trama é basicamente uma propaganda americana no estilo “esforço de guerra” para mostrar como os nazistas eram malvados. Fica difícil acreditar na motivação do protagonista que alegava não ter intenção de matar o Fuhrer.
As poucas cenas de perseguição nas ruas são fracas, assim como romance com a bela Joan Bennett não convence. A curiosidade é a participação de Roddy McDowall interpretando um esperto garoto alemão que ajuda o protagonista.
É um filme que envelheceu mal.
4 comentários:
Puxa vida! Filmes de 1936 e 1941!
Sim, observo que nos filmes antigos (não tão antigos) os atores eram teatrais.
Acho que hoje o nível é bem melhor.
Adorei:"a massa é canalha".
Vai se juntar ao meu bordão: "o povo é podre"
Liliane - O ser humano em grupo muitas vezes se acha acima do bem e do mal.
Acho que vou passar os dois, o segundo porque vc diz que envelheceu e não é atemporal, o primeiro porque me assusta o que as pessoas ditas racionais são capazes de fazer quando se juntam para fazer justiça com as próprias mãos :/
Bjs Luli
Luli - O "Fúria" tem um tema forte, mas é bem interessante.
Bjs
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