segunda-feira, 14 de maio de 2018

Classe Operária

Classe Operária (Moonlighting, Inglaterra, 1982) – Nota 7,5
Direção – Jerzy Skolimowski
Elenco – Jeremy Irons, Eugene Lipinski, Jiri Stansilav, Eugenius Haczkiewciz.

Dezembro de 1981. O empreiteiro polonês Nowak (Jeremy Irons) viaja para Inglaterra com três ajudantes para reformarem a casa que seu chefe tem em Londres. 

O trabalho renderá aos quatro homens o equivalente a um ano de salário na Polônia. Nowak é o único que fala inglês e por isso é o responsável pela compra de materiais, ferramentas e mantimentos. 

Após alguns dias, Nowak descobre pela tv que o governo polonês decretou uma lei marcial no país, fechando as fronteiras e desligando as linhas telefônicas. Preocupado em terminar o serviço, ele decide esconder o fato dos ajudantes, além de precisar economizar o dinheiro para conseguir voltar para casa. 

O roteiro escrito pelo diretor polonês Jerzy Skolimowski cria uma trama de ficção em meio ao acontecimento real da lei marcial que vigorou na Polônia do final de 1981 até 1983. 

A narração do protagonista vivido por Jeremy Irons e as reações de seus ajudantes frente a situações comuns demonstram como a vida no países comunistas eram precárias e atrasadas. Fatos simples como assistir televisão em cores ou comprar um relógio de pulso se transformavam em eventos para os pobres poloneses. 

A sequência logo no início em que eles entram no mercado e ficam de boca aberta ao ver a variedade de produtos diz muito sobre o terrível comunismo. É curiosa e também desonesta a artimanha utilizada pelo protagonista para levar produtos de um mercado sem pagar. 

É uma história semelhante ao que ocorre com a população de países como Cuba e Venezuela no dias de hoje.

3 comentários:

Liliane de Paula disse...

Nem gosto de Jeremy Irons mas a resenha parece interessante.
Vc não diz como conseguiram voltar ou se conseguiram.

Vi "Setembro em Shiraz" e não gostei.
Sei que é baseado numa estória real e que Adrien Brody brilha como ator.

Luli Ap. disse...

Olá Hugo
Que interessante essa premissa, da mesma maneira que é triste esse tipo de governo que cerceia movimentos e limita não só direitos como vidas de certa forma assim como destrói esperança.
Já anotei aqui.
Bjs Luli
https://cafecomleituranarede.blogspot.com.br

Hugo disse...

Liliane - Não gosto de contar o final.

Luli - Infelizmente a maioria dos governos são ruins. Alguns são terríveis, como os dos antigos países comunistas.

Bjos