quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Lilyhammer

Lilyhammer (Lilyhammer, Noruega / EUA, 2012 a 2014)
Criadores - Eilif Skodvin & Anne Bjornstad
Elenco - Steven Van Zandt, Trond Fausa, Steinar Sagen, Marian Saastad Ottesen, Fridtjov Saheim, Tommy Karlsen.

Em Nova York, após a morte de um chefão da Máfia, o sucessor decide eliminar um desafeto. Frank Tagliano (Steven Van Zandt) escapa da tentativa de assassinato e decide entregar seus antigo parceiros para o FBI. Em troca, ele exige uma nova vida em outro país.

O acordo é cumprido e Frank se muda para a pequena e gelada Lilyhammer na Noruega. Ele recebe uma nova identidade e passa a se chamar Giovanni Henriksen. Ao invés de tentar reconstruir sua vida de forma honesta, Frank utiliza os mesmos métodos da Máfia para ganhar dinheiro na pequena cidade.

A sensacional premissa é inspirada na famosa série "The Sopranos", em que Steven Van Zandt interpretava um mafioso coadjuvante dono de uma boate. Aqui, ele praticamente repete o papel. A série está repleta de citações a "The Sopranos", inclusive com pequenas participações de atores daquela série e um episódio em Nova York que pode ser considerado uma homenagem. Para quem não sabe, Steven Van Zandt na verdade é um músico que faz parte da banda que acompanha o cantor Bruce Springsteen há décadas.

A grande sacada da série é criar situações absurdas explorando o contraste entre o estilo de vida do mafioso, com os costumes e a cultura dos noruegueses. O roteiro deixa claro que existem picaretas e bandidos no mundo inteiro, basta procurar para encontrar estas figuras. Sobram piadas sobre imigrantes, empresários corruptos e policiais incompetentes.

O protagonista não demora para montar sua gangue. Por sinal, alguns coadjuvantes são engraçadíssimos e patéticos. Os parceiros de Frank são o confuso Torgeir (Trond Fausa), seu irmão gordinho Roar (Stainer Saigen) e um grupo de motoqueiros, sem contar o impagável assistente social Jan (Fridtjov Saheim). Frank ainda consegue uma namorada (Marian Saastad Ottesen), que a princípio não conhece o passado do novo amor.

A série tem três temporadas de oito episódios cada. A primeira e a segunda temporadas são extremamente divertidas. As histórias são criativas e bem amarradas. A série poderia ter parado por aí. Na última temporada o nível cai bastante. Fica a impressão de que os roteiristas não tinha mais ideias e acabaram criando histórias recortadas, inclusive com algumas sequências filmadas no Brasil.

Como curiosidade, esta foi a primeira série produzida pela Netflix.

2 comentários:

Liliane de Paula disse...

Não tem história mais interessante sobre a máfia do que "A família soprano".
A gente até passa a torcer por aquela família.

Hugo disse...

Liliane - Eta série é divertida, principalmente as duas primeiras temporadas.