Zanahoria (Zanahoria, Uruguai / Argentina, 2014) – Nota 7
Direção – Enrique Buchichio
Elenco – César Troncoso, Abel Tripaldi, Martin Rodriguez,
Néstor Guzzini, Victoria Césperes.
Duas semanas antes das eleições para presidente do Uruguai
em 2004, o jornalista Alfredo (Abel Tripaldi) recebe um telefonema de um
sujeito que diz ser ex-militar e que gostaria de encontrá-lo para entregar
alguns documentos.
Cauteloso em encontrar o desconhecido em um bairro da
periferia de Montevidéu, Alfredo pede para o jovem jornalista de cultura Jorge
(Martin Rodriguez) acompanhá-lo na missão.
Em um local ermo, eles encontram
Walter (César Troncoso). O homem alega ter documentos que comprovam a
participação de dezenas de militares em crimes durante a ditadura uruguaia,
além de citar os locais onde muitos presos políticos estariam enterrados.
Desconfiados por não terem certeza se o homem fala a verdade, mas ao mesmo tempo
acreditando que podem ter o furo da década em mãos, Alfredo e Jorge iniciam uma
intrincada negociação para conseguir os documentos.
Este interessantíssimo longa
uruguaio que mexe no vespeiro que foi a ditadura no país nos anos setenta e
oitenta é baseado em fatos reais.
Além da história que é marcante por si só, o filme prende a atenção do
espectador através da crescente tensão da narrativa, da paranoia que envolve os
três personagens principais e da dúvida sobre as intenções do delator que segue
até a parte final.
É um filme indicado para o cinéfilo interessado em tramas políticas investigativas.
2 comentários:
Não gosto.
Aliás, nada que fala mal de períodos militares, raramente me interessa.
Sempre se mostra um só lado da briga.
Liliane - Na vida real, também acho que devem ser levados em conta os dois lados. No Uruguai, a ditadura foi realmente bastante opressora, muito pior que no Brasil. O filme não toma um lado, ele apenas se baseia numa história real bastante interessante.
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