terça-feira, 6 de maio de 2014

Síndrome do Mal

Síndrome do Mal (Rampage, EUA, 1987) – Nota 6,5
Direção – William Friedkin
Elenco – Michael Biehn, Alex McArthur, Nicholas Campbell, Deborah Van Valkenburg, John Harkins, Art LaFleur, Billy Green Bush, Royce D. Applegate, Grace Zabriskie.

Na época do Natal, sem motivo algum, o jovem Charlie Reece (Alex McArthur) assassina uma família inteira e dias depois sequestra e mata também uma mãe e seu filho pequeno. A polícia não demora para capturar o rapaz, que se mostra cínico e sem remorsos. O promotor designado para o caso é Anthony Fraser (Michael Biehn), um sujeito liberal que é contra a pena de morte, mas que se vê obrigado a acusar o jovem por causa da violência dos crimes. A acusação dá início a uma batalha jurídica, com a defesa alegando que o jovem tem problemas mentais e por isso não poderia ser condenado à morte. 

O diretor William Friedkin foi um dos grandes nomes da chamada “Nova Hollywood", ao comandar sucessos como “Operação França” e “O Exorcista”, porém o restante de sua carreira é extremamente irregular, alternando longas interessantes como a versão para a tv de “Doze Homens e uma Sentença” e porcarias como “A Árvore da Maldição”. 

Este “Síndrome do Mal” fica no meio do caminho, começando de forma interessante ao mostrar a frieza do assassino interpretado por Alex McArthur e a investigação policial. A partir do momento em que a trama segue para o julgamento, o longa se transforma num drama para debater a pena de morte e acaba perdendo a força em meio as discussões jurídicas e morais sobre o caso, ficando muito parecido com os julgamentos da série “Law & Order” que sequer existia na época. 

Sobre o elenco, Alex McArthur se mostra um canastrão e por isso não conseguiu se firmar na carreira, enquanto Michael Biehn chegou próximo de se tornar astro nos anos oitenta, tendo trabalhado em três filmes de James Cameron, mas hoje apesar de estar na ativa, ficou relegado a papéis de coadjuvante.    

2 comentários:

Gustavo disse...

Jamais consegui pôr as mãos nesse filme! Por mais que tenha suas fraquezas e não seja um clássico, só por ser um thriller do mestre Friedkin ele aguça a curiosidade.

Hugo disse...

Gustavo - Não é dos melhores trabalhos de Friedkin e realmente é difícil de encontrar. Assisti uma versão ripada de VHS sem legendas.

Abraço