Os Trombadinhas (Brasil, 1979) – Nota 4
Direção – Anselmo Duarte
Elenco – Pelé, Paulo Goulart, Paulo Villaça, Francisco Di
Franco, Kátia D’Ângelo, Paulo Duarte, Sergio Hingst, Ana Maria Nascimento e
Silva, Roberto Maia.
Ao voltar de uma viagem, o empresário Frederico (Paulo
Goulart) é guiado por seu motorista pelo centro de São Paulo, quando um jovem
trombadinha fugindo da policia é atropelado por seu veículo. Acreditando que os
jovens infratores precisam ser ajudados para sair do crime, Frederico convence
o astro do futebol Pelé a participar de um projeto. Para entrar em contato com
os jovens, Pelé passa a patrulhar o centro de São Paulo ao lado policial Bira (Paulo
Villaça). Enquanto o ex-jogador deseja descobrir quem é o adulto que chefia a
gangue de trombadinhas, o policial acredita que a única forma de resolver o
problema é batendo e prendendo os garotos.
O argumento inicial tenta colocar em
discussão a questão da responsabilidade criminal dos adolescentes, fato que continua
atual, porém o roteiro confuso e o formato datado resulta até em risadas
involuntárias em algumas sequências, como naquelas em que o astro Pelé briga
com bandidos misturando o estilo dos filmes de Kung Fu com a câmera lenta que
era comum nas cenas de ação da série “O Homem de Seis Milhões de Dólares”, que
na época fazia grande sucesso na tv.
O elenco apresenta ainda um vigarista
(Sergio Hingst) que comanda uma gangue com pelo menos trinta adolescentes, um
grande empresário (Francisco Di Franco) metido com tráfico de drogas e um jovem
trombadinha (Paulo Duarte) com quem Pelé consegue se aproximar, resultando numa
sequência ingênua e piegas.
Para piorar, a edição cria um vai e vem da trama
entre as cidades de São Paulo e Santos extremamente confuso, as vezes Pelé e o
policial estão perseguindo trombadinhas no centro de SP e em seguida Pelé está
na delegacia em Santos.
Como informação, o longa tem ainda algumas sequências
de perseguição de automóveis que serviram como uma espécie de propaganda para os
carros da Chevrolet, empresa que patrocinou o longa.
Finalizando, este foi o
último trabalho do ator Anselmo Duarte como diretor. Ele que comandou “O
Pagador de Promessas”, com certeza um dos melhores longas da história cinema
nacional, nunca mais conseguiu chegar sequer próximo da qualidade deste
clássico e encerrou sua carreira atrás das câmeras com esta pérola trash.
3 comentários:
fiquei curiosa. beijos, pedrita
- É o Pelé ?
- Não, é o Jô Soares, sua piranha !!!!
Uma das melhores cenas do cinema brasileiro !
Pedrita - Vale apenas como curiosidade.
Filme Lixo - Este diálogo é clássico trash, assim como o filme.
Abraço
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