Direção – Cavi Borges & Pedro Monteiro
Elenco – Mateus Solano, Gregório Duvivier, Paula Braum,
Miguel Thiré, Alamo Facó, Renata Tobelem.
Cavi Borges é dono de uma conhecida locadora no Rio de
Janeiro que começou a produzir curtas em meados da década passada. Com
incentivo de uma operadora de celulares, ele dirigiu vários curtas com o
personagem “Mateus – O Balconista”, um atendente de locadora que precisa ter
jogo de cintura para tratar clientes de todos os tipos. O sucesso da série fez
com que Cavi se juntasse a Pedro Monteiro e com uma pequena verba conseguisse
transformar as histórias em um longa.
O filme se passa durante um dia na locadora
onde Mateus conversa direto com a câmera fazendo comentários irônicos sobre os
estranhos frequentadores do local. Cavi se baseou em histórias e personagens
que passaram por sua locadora durante mais de uma década. Mateus precisa ajudar
um cinéfilo indeciso, tem de
lidar com um cliente caloteiro, com outro que curte filmes de sacanagem, com um
sujeito chato que reclama e não aluga filme algum, com uma jovem fã do Van
Damme e até com um fiscal picareta.
Os pontos altos são interpretação de Mateus
Solano, que faz caras e bocas que resumem bem seus sentimentos ao lidar com
personagens engraçados e até patéticos, além de alguns diálogos deliciosos
sobre cinema, principalmente sobre Tarantino, uma das inspirações do filme que
rende uma divertida cena de sonho do personagem principal.
O longa foi todo
filmado com câmera digital utilizando uma lente angular, que a princípio deixa
uma sensação estranha, como se estivéssemos vendo imagens de uma câmera de
segurança, mas se torna perfeita com o desenrolar do filme e aproveita bem o pequeno
cenário da locadora.
Divertido e sem pretensão, o filme é um exemplo de como a
frase “uma ideia na cabeça e uma câmera na mão” está mais atual do que nunca.
3 comentários:
Tenho curiosidade, mas ainda não conferi esse.
bjs
Parece bom... me fez lembrar de O Balconista do Kevin Smith, apesar de que a loja lá não era uma locadora.
Amanda - É um filme divertido, vale a sessão.
Bruno - Lembra um pouco, porém com outra diferença. O filme de Kevin Smith era recheado de diálogos sobre sexo, já o longa brasileiro é uma comédia mais leve neste sentido.
Abraço
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