São filmes repetidos a exaustão na tv aberta durante os anos noventa, geralmente nas sessões da tarde.
As Incríveis Perípecias do
Ônibus Atômico (The Big Bus, EUA, 1976) – Nota 5
Direção – James Frawley
Elenco – Joseph Bologna, Stockard Channing, John Beck, Rene Auberjonois,
Ned Beatty, Bob Dishy, José Ferrer, Ruth Gordon, Harold Gould, Larry Hagman,
Sally Kellerman, Richard Mulligan, Lynn Redgrave, Stuart Margolin.
Um cientista (Joseph Bologna)
constrói uma ônibus movido a energia nuclear e para provar que sua invenção
funciona com segurança, parte para uma viagem sem paradas entre Nova York e
Denver, porém uma série de sabotagens pelo caminho põe em risco o sucesso da
viagem, inclusive uma bomba é colocada no veículo. O longa é uma sátira aos
filmes catástrofe que faziam sucesso na época e aos road movies, com algumas
sequências engraçadas e nada mais que isso. A curiosidade é o elenco recheado
de rostos conhecidos da época.
A Incrível Mulher que Encolheu
(The Incredible Shrinking Woman, EUA, 1981) – Nota 5,5
Direção – Joel Schumacher
Elenco – Lily Tomlin, Charles Grodin, Ned Beatty, Henry Gibson, Elizabeth
Wilson, Pamela Bellwood, John Glover.
Uma dona de casa (Lily
Tomlin) ao misturar vários produtos de limpeza começa a diminuir de tamanho até
ficar minúscula. Seu marido (Charles Grodin) fica desesperado e tenta a todo
custo descobrir como reverter o
processo. Ele encontrará ajuda em um excêntrico cientista (Henry Gibson). Este
foi o primeiro longa para o cinema de Joel Schumacher, que escolheu refilmar um
clássico B dos anos cinquenta chamado “O Incrível Homem que Encolheu”. O
resultado é apenas razoável, com efeitos especiais que envelheceram e algumas
boas piadas a cargo de Lily Tomlin.
Wacko – Uma Comédia Maluca (Wacko, EUA, 1982) – Nota 2
Direção –
Greydon Clark
Elenco –
Joe Don Baker, Stella Stevens, George Kennedy, Julia Duffy, Scott McGinnis.
O sucesso de “Apertem os Cintos, o Piloto Sumiu” gerou
vários longas que seguiam o estilo de paródia e dos que assisti, este “Wacko”
com certeza é um dos piores. A trama tem como protagonista um detetive (Joe Don
Baker) que não dorme nunca e que tem como objetivo descobrir quem é o
“Assassino do Cortador de Grama”. Este fio de história é o início de um filme
bizarro, com cenas absurdas parodiando filmes de sucesso da época como “O
Exorcista”, “A Profecia” e “Alien”, porém sem a mínima graça.
Loucademia de Combate (Combat High, EUA, 1986) – Nota 4
Direção – Neal Israel
Elenco –
Keith Gordon, Wallace Langham, Robert Culp, Elya Baskin, George Clooney, Danny
Nucci, Jamie Farr.
Dois jovens delinquentes (Keith Gordon e Wallace Langham)
são condenados a cumprir pena de um ano numa academia militar. Esta comédia
para tv que segue o estilo criado por “Loucademia de Polícia”, transfere a ação
para o exército e consegue ser ainda mais fraca. O filme tem algumas
curiosidades: O diretor Neil Israel no ano anterior comandou o engraçado “A
Última Festa de Solteiro” com Tom Hanks e depois de vários filmes ruins, seguiu
carreira na tv. O protagonista com cara de nerd Keith Gordon abandonou a carreira
de ator e se tornou um bom diretor em filmes como “Noites Calmas” e “A Guerra
do Chocolate” e até em episódios do seriado “Dexter”. Já Wallace Langham que
hoje é figura carimbada em séries de tv, aqui assinava ainda como Wally
Ward.
Agente Zero Zero Nada (The
Trouble with Spies, EUA, 1987) – Nota 4
Direção – Burt Kennedy
Elenco – Donald Sutherland, Ned Beatty, Ruth Gordon, Lucy Gutteridge,
Michael Hordern, Robert Morley, Gregory Sierra.
Um espião inglês (Donald
Sutherland) é enviado para Ibiza com o objetivo de investigar o desaparecimento
de outro espião. Num hotel de luxo ele se envolverá com os estranhos clientes e
sofrerá algumas tentativas de assassinato. Esta tentativa de parodiar os filmes
de James Bond é um desperdício do talento de Sutherland e não provoca riso
algum. O falecido diretor Burt Kennedy era especialista em westerns, o que
mostra que sua escolha para dirigir uma paródia foi um grande equivoco.
Elvira, a Rainha das Trevas (Elvira:
Mistress of the Dark, EUA, 1988) – Nota 5
Direção – James Signorelli
Elenco – Cassandra Peterson,
W. Morgan Sheppard, Daniel Green, Jeff Conaway.
Elvira (Cassandra Peterson) é
a apresentadora de um programa de terror trash que recebe como herança de um
tia distante uma mansão numa pequena cidade. O objetivo de Elvira é vender a
mansão, porém um tio (W. Morgan Sheppard) também quer sua parte na herança.
Além disso, sua figura exótica espanta os moradores do local. A personagem
Elvira surgiu em um programa de tv e teve algum sucesso, principalmente pelos
seios enormes, o que resultou nesta comédia totalmente trash, com piadas sobre
terror e sexo.
Deu a Louca nas Federais (Feds,
EUA, 1988) – Nota 4,5
Direção – Dan Goldberg
Elenco – Rebecca DeMornay, Mary Gross, Ken Marshall, Fred Dalton Thompson,
Tony Longo.
Uma advogada (Mary Gross) e
uma ex-militar (Rebecca DeMornay) se inscrevem no curso para agente do FBI e
precisam passar por um duro treinamento, além de enfrentar o machismo dos
colegas de curso. O roteiro tem até uma premissa curiosa, utilizando personagens
que são opostas, onde uma seria o cérebro e a outra os músculos, porém tudo vai
por terra em virtude do roteiro cheio de clichês, os diálogos idiotas e as
cenas de ação forçadas. Rebecca DeMornay ainda fez carreira, já Mary Gross não
vingou, assim como o ator Ken Marshall que havia protagonizado a ficção cult
“Krull” e depois desapareceu.
Um Detetive do Outro Mundo (Second
Sight, EUA, 1989) – Nota 4
Direção – Joel Zwick
Elenco – John Larroquette, Bronson Pinchot, Bess Armstrong, Stuart Pankin,
James Tolkan.
O detetive Wills (John
Larroquette) é contratado por uma freira (Bess Armstrong) para localizar uma
menina desaparecida, ao mesmo tempo terá de trabalhar com o excêntrico Bobby
(Bronson Pinchot), um sujeito que recebe um espírito que ajuda em suas
investigações. Esta comédia paranormal foi uma tentativa frustrada de utilizar
a fama na época de John Larroquette (“Night Court”) e Bronson Pinchot (“Primo
Cruzado”) que eram astros de seriados de tv.
A Casa Maluca (Madhouse, EUA, 1990) – Nota 4
Direção – Tom Ropelewski
Elenco –
John Larroquette, Kirstie Alley, Alison La Placa, Jessica Lundy, Bradley Gregg,
Dennis Miller, John Diehl, Robert Ginty.
O casal Bannister (John Larroquette e Kirstie Alley) precisa
lidar com parentes que chegam para visitar sua casa e que decidem passar alguns
dias no local, além de vizinhos complicados e problemas de trabalho. Outra
comédia que utilizou atores de seriados de tv e fracassou merecidamente, tendo uma
história que ao invés de fazer rir, chega a irritar o espectador em algumas
sequências.
Por Que Eu?
(Why Me? EUA, 1990) – Nota 5,5
Direção –
Gene Quintano
Elenco –
Christopher Lambert, Christopher Lloyd, Kim Greist, J. T. Walsh, Michael J.
Pollard, Tony Plana, John Hancock.
Dois ladrões (Christopher Lambert e Christopher Lloyd) roubam
uma antiga joia do tesouro Bizantino e juntos com a namorada do primeiro (Kim
Greist) acabam perseguidos pela polícia, a CIA, terroristas e até agentes
turcos. O longa mistura perseguição, correria e comédia numa típica sessão da
tarde. Por escolhas ruins como esta, a carreira do astro Christopher Lambert
afundou.
7 comentários:
Ah, não! Eu gosto tanto de A incrível mulher que encolheu, bem como de Elvira, a rainha das trevas e Deu a louca nas federais...
Da lista só vi Elvira, a Rainha das Trevas, e apesar de Trash, tenho uma lembrança carinhosa pelas divertidas Sessões da Tarde. kkk
bjs
Concordo com a Amanda... também só assisti Elvira, a Rainha das Trevas!!! Abraço!!
De fato, listinha ruim essa kkkkkk
Hugo, apesar de estar em falta em comentários por aqui, quero te desejar um feliz Natal e ótimas postagens pra vc!
Abraços
Vai ter gente querendo te bater por falar mal de Elvira...hehehe
Esse do ônibus atômico eu costumava assistir quando criança e gostava, mas precisaria rever.
Abraço.
Se o título nacional do filme começa com "Deu a Louca..." ou termina com "...Muito Louco(a)" eu já tento passar o mais longe possível!
O engraçado é que alguns dos que você citou se tornaram emblemáticos de tão trash que são..
http://sublimeirrealidade.blogspot.com.br/2012/12/entre-o-amor-e-paixao.html
A todos - Reconheço que Elvira está na memória afetiva de muita gente que assistia as sessões da tarde, mas para meu gosto é apenas um filme ruim.
Abraço a todos
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