sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Aura

Aura (El Aura, Argentina, 2005) – Nota 7,5
Direção – Fabian Bielinsky
Elenco – Ricardo Darin, Dolores Fonzi, Pablo Cedron, Nahuel Perez Biscayart, Jorge D’Elia, Alejandro Awada, Walter Reino, Manuel Rodal, Rafa Castejon.

O taxidermista Esteban Espinosa (Ricardo Darin) é um sujeito tímido e inseguro que sonha em realizar um crime perfeito, mas é sempre ridicularizado pelo amigo Sontag (Alejandro Awada). Esteban tem uma memória privilegiada, com facilidade para decorar números, palavras e locais. Num certo dia, Esteban é abandonado pela esposa e para esquecê-la aceita o convite de Sontag para caçar nas florestas da Patagônia, mesmo odiando a ideia de matar algum animal. 

Por um determinado motivo que não citarei para não entregar parte da trama, a dupla descobre que a pequena cidade onde desejam ficar está com todos os hotéis lotados. A saída encontrada é procurar abrigo numa região isolada, onde existem alguns chalés decadentes que pertencem a um caçador chamado Dietrich (Manuel Rodal), porém como o sujeito não está no local, eles acabam conversando apenas com a jovem esposa Diana (Dolores Fonzi) e o cunhado Julio (Nahuel Perez Biscayart). Não demora para ocorrer um acidente e por consequência a descoberta de um intrincado plano que fará Esteban tomar uma perigosa decisão. 

Este segundo e último filme de Fabian Bielinsky é um drama com poucos diálogos, que constrói uma trama como se fosse um quebra-cabeças, onde o calado personagem de Ricardo Darin tem a chance de realizar seu sonho maluco, porém descobre que a teoria é bem menos complicada que a prática. 

Diferente de “Nove Rainhas”, o filme anterior de Bielinsky com Darin, que era uma obra urbana sobre  uma dupla de vigaristas em busca do golpe de suas vidas, este longa se passa em grande parte na floresta e em locais afastados da civilização, mostrando que a ganância e a violência existem em qualquer lugar. 

Como triste informação, o diretor Bielinksy faleceu em 2006 quando visitava São Paulo para promover este longa. Além da terrível perda humana, o cinema também perdeu um diretor promissor que deixou apenas dois trabalhos no currículo, muito bons por sinal.

4 comentários:

Bruno disse...

Eu desconhecia o trabalho desse diretor,achei a temática do filme interessante,me parece ser uma obra que revela bem o olhar do diretor e suas opções de trabalho.
Vou apostar minhas fichas e assistir,acho que vai valer a pena.
Abraço!

Bruno

renatocinema disse...

Ainda não vi o filme. Mas, peço um favor......se algum dia assistir algum filme ruim de Ricardo Darín, me avise. kkkk


Adoro o trabalho desse ator argentino.

abraços

Bússola do Terror disse...

Também fiquei curioso pra ver o filme.
O poster é meio sinistro, né? Então, acho que o lado que você não revelou da história deve ter uma parte meio assustadora.
É mesmo uma pena que um diretor que parece ter sido tão talentoso nos tenha deixado tão poucas obras.

Hugo disse...

Bruno - Os dois filmes de Bielinsly são ótimos trabalhos que merecem serem vistos.

Renato - Boa pergunta, ainda não vi filme ruim algum de Ricardo Darin. Ele é um grande ator que chegou ao auge junto com a explosão de qualidade do cinema argentino.

Bússola - Pelo contrário, o filme não é voltado para o terror. O fato que omiti poderá parecer simples, mas é um dos pontos principais para entender o porquê do plano que surge na metade do filme.

Abraço