quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Área Q

Área Q (Brasil / EUA, 2011) – Nota 5,5
Direção – Gerson Sanginitto
Elenco – Isaiah Washington, Murilo Rosa, Tânia Khalil, Ricardo Conti.

Em 1979, na cidade de Quixadá no interior do Ceará, João Batista (Murilo Rosa) sai de seu sítio para buscar leite e desaparece, voltando algum tempo depois alegando que fora abduzido. 

Trinta anos depois, o jornalista americano Thomas Matthews (Isaiah Washington), que procura o filho que também desapareceu, recebe uma proposta para fazer uma matéria sobre luzes misteriosas e curas milagrosas em Quixadá. Relutante e incrédulo, Thomas aceita vir ao Brasil porque precisa do dinheiro do trabalho. 

Thomas terá como guia Eliosvaldo (Ricardo Conti), que conta diversas histórias sobre eventos sem explicação na região e o leva para entrevistar as testemunhas. Os depoimentos e algumas coincidências fazem com que Thomas passe a acreditar que existe algo fora do normal no local. Ao mesmo tempo, Thomas se envolve com Walquiria (Tânia Khalil), uma jornalista que acredita que os fatos estranhos sejam apenas histórias para aumentar o turismo na região. 

Esta ficção com cara e roteiro de filme B dos anos cinquenta é ruim tecnicamente e primária em sua narrativa, mas se torna interessante pela curiosa história que mistura religião e extraterrestres ambientada num local como o interior do Ceará. 

O filme foi detonado pela crítica, que analisando friamente tem toda a razão, mas como cinéfilo que gosta de ficção e principalmente de filmes diferentes, posso dizer que foi até divertido encarar as bizarrices da trama e os “defeitos especiais”. 

As luzes das aparições parecem efeitos dos anos setenta e algumas soluções são inacreditáveis, como a cena em que o personagem de Murilo Rosa é abduzido. Ele está em uma carroça que de repente se vê no meio de uma ventania, porém apenas a árvore ao lado balança, enquanto as que estão no fundo da cena continuam paradas. 

Outro erro foi a escolha de Tânia Kahlil, atriz típica de novelas que interpreta pessimamente uma personagem mal inserida na trama que tem um segredo absurdo. 

A sessão vale a curiosidade para quem gosta de ficção B e filmes trash.

3 comentários:

Amanda Aouad disse...

A parte técnica é complicada mesmo, mas o roteiro é até interessante, concordo que o segredo da personagem de Tânia Kahlil é absurdo, mas, no geral, a trama do americano e seu filho tem algo de bem fundamentado.

bjs

Gilberto Carlos disse...

Eu gostei do filme. É o Brasil fazendo ficção científica. Claro que com uma pequena ajuda dos Estados Unidos, né?

Hugo disse...

Amanda - A trama tinha potencial, mas faltou um diretor melhor.

Gilberto - O lado bom é ser um filme brasileiro de ficção, mesmo que metade da produção seja americana.

Abraço