Um dos gêneros mais explorados na época, gerou centenas de filmes, sendo alguns clássicos, vários divertidos e outros de qualidade duvidosa.
Piratas (Pirates, França / Tunísia, 1986) – Nota 5,5
Direção –
Roman Polanski
Elenco –
Walter Matthau, Chris Campion, Charlotte Lewis, Damien Thomas.
No mar do Caribe, o Capitão Red (Walther Matthau) e seu
ajudante Jean Baptiste “O Sapo” (Chris Campion) estão à deriva prestes a comer
um ao outro quando são resgatados por um galeão espanhol. O ardiloso Red logo
fica interessado num trono de ouro que está no navio, enquanto o atrapalhado
Sapo fica de olho na jovem Maria Dolores (Charlotte Lewis), sobrinha do governador
de uma colônia espanhola. Red tenta incitar os tripulantes a iniciar um motim,
porém a situação pode não terminar como ele deseja.
Esta é a típica produção
que tinha tudo para dar errado e foi o que aconteceu. Polanski estava a sete
anos sem filmar, muito pelo problema do processo penal que o fez fugir dos
Estados Unidos. Ele tinha a ideia deste filme há anos e pensava em escalar Jack
Nicholson no papel principal e ele mesmo como Sapo, porém não conseguiu convencer
Nicholson a aceitar o papel.
Polanski conseguiu que o magnata francês Tarak Ben Anmar junto com a distribuição da fracassada
produtora Cannon, empresa dos israelenses Menahem Golam e Yoram Globus gastassem uma pequena fortuna. O longa naufragou merecidamente nas bilheterias, já
que a trama que misturava humor negro com poucas cenas de ação, tinha um elenco
fraco e um roteiro sem surpresas. Nem o bom Walter Matthau conseguiu salvar o
longa sozinho. Como curiosidade, em 2010 a atriz inglesa Charlotte Lewis acusou
Polanski de tê-la molestado sexualmente na durante as filmagens, quando ela
ainda era menor de idade.
Remo – Desarmado e Perigoso (Remo
Williams: The Adventure Begins, EUA, 1985) – Nota 6
Direção – Guy Hamilton
Elenco – Fred Ward, Joel Grey, Wilford Brimley, J. A. Preston, Kate
Mulgrew, George Coe, Patrick Kilpatrick, Michael Pataki.
Um policial (Fred Ward) é
convocado por uma organização secreta do governo para se tornar um agente especial
em virtude de sua experiência no Vietnã. Após uma cirurgia para modificar o
rosto, ele assume a identidade do agente Remo Williams, tendo de participar de
um treinamento nada ortodoxo comandado por um mestre oriental (Joel Grey debaixo
de uma pesada maquiagem). Após estar preparado, Remo precisa desvendar uma
conspiração governamental.
Este longa é baseado numa série de livros do estilo
pulp e tinha como objetivo dar início a uma franquia, porém mesmo com um orçamento
alto para época e a contratação do veterano Guy Hamilton, diretor de quatros
filmes da série 007, para comandar, o longa fracassou nas bilheterias e enterrou
a pretensão dos produtores.
A interessante premissa se desenvolve bem na primeira metade, durante o treinamento que lembra um “Karatê Kid” adulto, principalmente pela ótima interpretação de Joel Grey, que foi transformado em oriental e chegou a concorrer ao Globo de Ouro de Ator de coadjuvante. O roteiro se complica na segunda parte, com uma trama fraca e com cenas de ação absurdas, como a que o protagonista anda sobre a água ou as várias vezes em que ele desvia de balas. A melhor sequência de ação acontece na estátua da liberdade. O filme acabou fazendo sucesso apenas nas locadoras.
A interessante premissa se desenvolve bem na primeira metade, durante o treinamento que lembra um “Karatê Kid” adulto, principalmente pela ótima interpretação de Joel Grey, que foi transformado em oriental e chegou a concorrer ao Globo de Ouro de Ator de coadjuvante. O roteiro se complica na segunda parte, com uma trama fraca e com cenas de ação absurdas, como a que o protagonista anda sobre a água ou as várias vezes em que ele desvia de balas. A melhor sequência de ação acontece na estátua da liberdade. O filme acabou fazendo sucesso apenas nas locadoras.
Surpresa de Shangai (Shanghai Surprise, Inglaterra, 1986) –
Nota 3
Direção –
Jim Goddard
Elenco –
Sean Penn, Madonna, Paul Freeman, Richard Griffiths, Victor Wong, Clyde
Kusatsu, Professor Toru Tanaka.
Em 1938, quando Shangai estava ocupada pelos japoneses, um
traficante inglês de ópio (Paul Freeman) é assassinado e um quantidade enorme
do produto fica sem destino. Um ano depois, a missionária Gloria Tatlock
(Madonna) chega a cidade para tentar descobrir onde está o produto com o
objetivo de utilizá-lo como anestésico para atender os soldados feridos durante
a guerra. Gloria se une ao rude Glendon Wasey (Sean Penn) para tentar conseguir
o produto no submundo da cidade.
Esta trama sem sentido tem um roteiro ainda
pior, que resulta num filme totalmente equivocado. Na época, Madonna estava
explodindo como cantora, porém tinha pouquíssima experiência com atriz e Sean
Penn era apenas uma promessa, mas como eles eram casados, os produtores
bancaram este longa que fracassou completamente, inclusive nem foi lançado nos
cinemas brasileiros. O filme chegou por aqui apenas no início dos anos noventa,
direto nas locadoras.
Ouro da Cobiça (Wet Gold,
EUA, 1984) – Nota 4
Direção – Dick Lowry
Elenco – Brooke Shields, Burgess Meredith, Tom Byrd, Brian Kerwin.
A garçonete Laura (Brooke
Shields) está acostumada a ouvir histórias do velho bêbado Sampson (Burgess
Meredith), porém quando ele diz saber o local onde afundou um navio que
carregava ouro, ela decide investigar e descobre que o homem falava a verdade.
Ambiciosa, Laura convence o namorado (Tom Byrd), o velho Sampson e Ben Keating
(Brian Kerwin), dono de uma pequena embarcação, para juntos tentarem encontrar
o ouro. Eles conseguem encontrar o ouro, porém a ambição e o desejo de Keating
por Laura, podem levar o grupo a uma tragédia.
O longa é uma fraca produção
para tv que tenta utilizar parte da ideia do clássico “O Tesouro de Sierra
Madre”, porém situado no mar e com um elenco e roteiro muito ruins.
Sahara (Sahara, Inglaterra /
EUA, 1983) – Nota 5
Direção – Andrew V. McLaglen
Elenco – Brooke Shields, Lambert Wilson, Horst Buchholz, John Mills, John
Rhys Davies, Ronald Lacey, Steve Forrest, John Mills.
No anos vinte, após a morte
do pai, a jovem Dale (Brooke Shields) se veste de homem para tomar o lugar dele
numa corrida pelo deserto do Saara. Ao passar um por um
região perigosa durante a corrida, ela acaba sequestrada por Rasoul (John Rhys Davies), porém o
sobrinho de Rasoul, Jaffar (o francês Lambert Wilson) se apaixona pela jovem e
tenta resgatá-la.
Este longa de aventura foi um dos grandes e merecidos
fracassos da produtora Cannon, dos israelenses Menahem Golan e Yoram Globus.
Eles contrataram Brooke Shields que era uma jovem estrela em ascensão (que se
perdeu na carreira após este filme), o diretor Andrew V. McLaglen (filho do
antigo astro Victor McLaglen) que tinha bons filmes no currículo como
“Selvagens Cães de Guerra” e “Espionagem em Goa” e para completar até a trilha
sonora é do fantástico Ennio Morricone, porém o roteiro ruim e as cenas de ação
fracas matam o filme.
Piratas das Ilhas Selvagens (Nate and Hayes, EUA / Nova
Zelândia, 1983) – Nota 6
Direção –
Ferdinand Fairfax
Elenco –
Tommy Lee Jone, Michael O’Keefe, Max Phipps, Jenny Seagrove.
Uma ilha do Pacífico é atacada por piratas que sequestram a
bela Sophie (Jeanne Seagrove). Seu noivo Nathaniel (Michael O’Keefe) sobrevive
e se junta ao Capitão Billy Hayes (Tommy Lee Jones) para tentar resgatar a
amada. Lógico que a dupla não se entende, Nathaniel está desesperado, enquanto
Hayes é o sujeito que não aceita opinião.
O sucesso de “Os Caçadores da Arca
Perdida” deu início a um enorme série de filmes de aventura, muitas delas
ruins. Este longa fica no meio termo, tem algumas boas cenas de luta de espada
em navios e uma história com cara de sessão da tarde. Quanto ao elenco, Tommy
Lee Jones se tornou um astro, enquanto Michael O’Keefe divide a carreira entre
participações em seriados e pequenos papéis no cinema.
4 comentários:
Nossa, desses aí, só me lembro de Remo, hehe. Fiquei até curiosa.
bjs
Amanda - Remo é o mais famoso, também porque passou diversas vezes na tv aberta.
Bjos
Sei que deve ser muito trash, mas eu quero ver Surpresa em Changai, já os outros nem tanto...
Gilberto - É o mais fraco desta lista. Vale assistir apenas pela curiosidade.
Abraço
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