Em meados dos anos setenta, o astro Charles Bronson fez seu primeiro filme com o diretor inglês J. Lee Thompson. O interessante "Cinco Dias de Conspiração" foi o primeiro dos nove filmes em que a dupla trabalhou junto. Em sua maioria foram trabalhos apenas razoáveis, deixando a impressão da dupla estar acomodada com a carreira, talvez muito pela idade, já que Bronson estava na casa dos sessenta anos e Thompson com setenta.
A carreira da Bronson é extremamente conhecida, enquanto Thompson possa parecer um desconhecido para as novas gerações, vale destacar que ele fez grandes filmes como "O Círculo do Medo", "Os Canhões de Navarone" e "O Ouro de Mackenna".
Nesta postagem comento quatro filmes da dupla, trabalhos de mediano para fraco, que mostra mais o final de carreira da dupla. Como informação, J. Lee Thompson faleceu em 2002 e Bronson em 2003.
Caboblanco (Caboblanco, EUA / México, 1980) – Nota 5,5
Direção – J. Lee Thompson
Elenco –
Charles Bronson, Jason Robards, Dominique Sanda, Fernando Rey, Simon
MacCorkindale.
Gilford Hoyt (Charles Bronson) é um ex-soldado americano que
vive na pequena cidade litorânea de Caboblanco no Peru. A calmaria do local
muda quando um explorador que procurava um tesouro perdido em um navio afundado
é assassinado. Ao mesmo tempo, um navio chega ao local trazendo novas pessoas,
entre elas a bela Marie Claire (Dominique Sanda) que se envolve com Gilford e
um ex-oficial nazista (Jason Robards) que pode estar ligado a morte do
explorador.
O roteiro claramente bebe na fonte do clássico “Casablanca”,
inclusive no nome do local onde se passa a trama, porém a lentidão da narrativa
deixa o filme há milhas de distância da qualidade do clássico. Por mais que
Bronson tenha feito uma boa carreira, fica impossível comparar ele e Dominique
Sanda com Humphrey Bogart e Ingrid Bergman.
Justiça Selvagem (The Evil That Men Do, EUA / México /
Inglaterra, 1984) – Nota 5
Direção – J. Lee Thompson
Elenco –
Charles Bronson, Theresa Saldana, José Ferrer, Raymond St Jacques, René
Enriquez, John Glover.
Holland (Charles Bronson) é um assassino profisional aposentado,
que volta à ativa quando um amigo é morto numa missão. Holland terá como alvo
um médico (José Ferrer) responsável por torturar presos políticos num país da
América Central. Para entrar no país sem ser notado, ele leva a viúva do amigo
(Theresa Saldana) como disfarce.
O roteiro utiliza a questão das ditaduras na
América Latina como pano de fundo para uma história rasa, que não funciona como
trama política e como filme de ação é apenas razoável, com Bronson repetindo o
papel de assassino, sua especialidade.
O Mensageiro da Morte (Messenger of Death, EUA, 1988) – Nota
5,5
Direção –
J. Lee Thompson
Elenco –
Charles Bronson, Trish Van Devere, Laurence Luckinbill, Daniel Benzali, Charles
Diekorp, Marilyn Hasset, Jeff Corey, John Ireland, Gene Davis.
Numa comunidade mórmom, uma família é assassinado. Mãe e filhos
são mortos brutalmente e o pai (Charles Diekorp) se cala sobre o ocorrido. A
polícia acredita que o massacre tenha acontecido por motivos religiosos. Ao mesmo
tempo, o jornalista Garret Smith (Charles Bronson) passa a investigar o crime,
se aproximando do pai da família.
Este penúltimo filme da parceira entre
Bronson e Thompson tem uma boa premissa, deixando no ar o mistério sobre os
crimes, porém o desenrolar da trama é apenas razoável, chegando até o
inevitável clímax com Bronson novamente partindo para a ação.
Kinjite
– Desejos Proibidos (Kinjite: Forbidden Subjects, EUA, 1989) – Nota 6
Direção –
J. Lee Thompson
Elenco – Charles Bronson, Perry Lopez,
Juan Fernandez, James Pax, Peggy Lipton, Sy Richardson, Bill McKinney, Amy
Hathaway, Marion Yue, Nicole Eggert.
O
Tenente Crowe (Charles Bronson) teve sua filha (Amy Hathaway) molestada em um
ônibus por empresario japonés (James Pax), porém por ironia do destino, pouco
tempo depois a filha do empresario é sequestrado por um traficante (Juan
Fernandez) e Crowe acaba designado para investigar o caso.
O último filme da
parceria entre Bronson/Thompson é um pouco melhor que os trabalhos dos últimos
anos. Apesar de ser um filme policial sem surpresas, o roteiro amarra bem a
trama que mostra o submundo da prostituição e das drogas e as sequências de
ação são razoáveis.
2 comentários:
Boa recordação. Bronson habitou minha aurora cinéfila. Gosto de Kinjite, mas no mais, são em sua maioria, filmes medianos.
Celo - Os melhores filmes de Bronson são os dos anos sessenta e setenta.
Desta lista, "Kinjite" é o melhor.
Abraço
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