segunda-feira, 16 de abril de 2012

Os Agentes do Destino

Os Agentes do Destino (The Adjustment Bureau, EUA, 2011) – Nota 7,5
Direção – George Nolfi
Elenco – Matt Damon, Emily Blunt, Michael Kelly, Anthony Mackie, Terence Stamp, John Slattery, Anthony Ruivivar.

David Norris (Matt Damon) é o favorito na disputa para o Senado Americano, porém uma foto gera um escândalo e sua candidatura naufraga na eleição. Antes de fazer seu discurso de despedida da campanha, David cruza com a bela Elise (Emily Blunt), que está escondida no banheiro dos homens após fugir dos seguranças de uma festa privada. O inusitado encontro gera um delicioso diálogo e uma atração mútua, antes que Elise fuja do local. 

Algum tempo depois, o casal se encontra novamente por acaso, em virtude de um erro de Harry (Anthony Mackie) um agente que tinha a missão de manter o casal afastado. Harry faz parte de um grupo que cuida do destino das pessoas, interferindo para o “grande plano” ser mantido. Estes agentes tem o poder de parar o tempo para manter a ordem, porém a atração de David por Elise é tão forte, que sua determinação poderá mudar o que está escrito. 

Esta interessante ficção é baseada num conto de Philip K. Dick, autor dos livros que foram base para “Blade Runner” e “O Vingador do Futuro” e novamente temos uma visão de um futuro pessimista dominado por algo maior, mesmo que aqui seja algo ou alguém indefinido. 

A diferença das adaptações dos outros livros está no foco do roteiro, enquanto a visão pessimista do autor era o ponto principal dos outros filmes, este mostra em paralelo uma história de amor, que ainda faz o espectador pensar sobre o livro arbítrio e porque muitas vezes as pessoas seguem alguma ordem sem mesmo saber o porquê. 

Não chega a ser um grande filme, mas tem bons momentos, como a perseguição em Manhattan por diversas portas, situação que brinca com o tempo e o espaço, além de uma boa química entre o casal Matt Damon e Emily Blunt. 

É uma boa diversão, mas que poderá desagradar quem espera uma ficção pura ao estilo dos livros de Philip K. Dick. 

4 comentários:

Marcelo Keiser disse...

Muito legal esse filme, elegante e intrigante, principalmente como aborda a importância do livre arbitrio sobre um tema importante como amor sem ser meloso.

abraço

marcelokeiser.blogspot.com.br

Amanda Aouad disse...

Acho interessante mesmo, apesar do final Deus ex-machina, quase literalmente.

bjs

Maxwell Soares disse...

Oi, Hugo. Rapaz, confesso que vi este filme e não gostei. O filme é todo truncado. O diretor não soube explorar a linguagem do filme. Achei cansativo e, acredite, não indicaria a ninguém. O tempo como conceito poderia ser bem mais trabalhado. Gostei da sua lucidez quando você diz: "Não chega a ser um grande filme (...)" Diria eu: "É um péssimo,filme". No mais um abraço e até logo, irmão.

Hugo disse...

A todos - É um filme interessante, apesar de minimizar o mundo pessimista descrito por Philip K. Dick.

ABraço