Direção – José Eduardo Belmonte
Elenco – Eucir de Souza, Rosane Mulholland, Milhem Cortaz,
Justine Otondo, Wolney de Assis, Helena Ignez.
Elias (Eucir de Souza) trava uma batalha no tribunal com a
perturbada ex-esposa (Justine Otondo) pela custódia do filho. Elias é um
fotógrafo desempregado, desiludido com a vida, que tem no filho a única ligação
afetiva com o mundo. Uma nova esperança surge quando ele se interessa pela
jovem Isis (Rosane Mulholland), que enfrenta seus problemas, porém de forma
inusitada.
Em paralelo, Fito (Milhem Cortaz) também um desempregado, é desprezado
pela esposa e pelo pai alcoólatra (Wolney de Assis). Os destinos destes dois
melancólicos personagens se cruzarão através de uma tragédia.
O cinema do
diretor José Eduardo Belmonte não é algo simples, ele costuma criar personagens
melancólicos como protagonistas (Murilo Grossi em “Subterrâneos” e Cauã Reymond
em “Se Nada Mais Der Certo”) e misturar cenas comuns com imagens em flashback,
aqui algumas coloridas em Super 8 e outras utilizando fotos tiradas pelo
protagonista. Outro ponto comum em seus filmes são os planos fechados nos rostos
dos personagens, marcando cada reação e olhar, que muitas vezes dizem mais que
uma fala.
Aqui o roteiro dele com o dramaturgo Mario Bortolotto utiliza
interessantes recursos como a troca de bilhetes por debaixo das portas entre os
personagens de Eucir de Souza e Rosane Mulholland, além dos closes nas bocas e
falas dos personagens antes da disputa pela custódia no tribunal.
Finalizando,
grande parte das cenas foram filmadas nas ruas do centro de São Paulo, aproveitando bem
o charme da decadente região, inclusive utilizando como um dos cenários
principais um hotel verdadeiro do local.
3 comentários:
Os filmes de Belmonte oscilam na qualidade, pelo menos os que assisti.
"Billi Pig", recentemente, foi um equívoco. Eu gostei mais de "A concepção" Nachtergaele estava notável ali, inclusive o Cortaz.
Preciso conferir este!
Abraço.
Não gosto muito de José Eduardo Belmonte, mas ainda pretendo ver este Meu mundo em perigo, para ver se ele consegue me convencer do seu talento.
Rodrigo - Estes dois filmes que você citou são os que ainda não assisti. Os outros três que cito na postagem, considerei interessantes, apesar de algumas passagens um pouco confusas.
Gilberto - Não é um cineasta convencional, mas concordo que ainda não provou se é talentoso ou apenas gosta de experimentar.
Abraço
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