Direção – Luis Puenzo
Elenco – Norma Aleandro, Hector Alterio, Chunchuna
Villafane, Hugo Arana, Guillermo Battaglia.
Em 1983, a Argentina estava passando por um processo de
redemocratização. Os militares que governaram o país com mão de ferro estavam
saindo do poder e vários argentinos que estavam fora do país após serem
perseguidos, resolveram voltar.
Neste cenário, o casal Alicia (Norma Aleandro)
e Roberto (Hector Alterio) vivem com uma filha de cinco anos que foi adotada de
forma não-oficial. Roberto é um executivo que trabalha numa empresa comandada
por um militar de alta patente e num certo dia trouxe o bebê para casa sem
maiores explicações. Alicia que não podia ter filhos, aceitou a situação, porém
agora quando sua amiga Ana (Chunchuna Villafane) volta ao país e insinua que a menina
pode ser filha de alguma mulher que fora assassinada durante a ditadura, Alicia
resolve descobrir quem é a mãe verdadeira, para desagrado de Roberto.
Este
ótimo drama venceu o Oscar de Filme Estrangeiro e tem a seu favor ter sido
produzido numa época em que os horrores da ditadura argentina ainda estavam
vindo à tona e a população exigia punição aos responsáveis, além da abertura
dos documentos sobre os milhares de desaparecidos.
O casal principal é mostrado
com uma típica família burguesa, com o marido sendo conivente com os abusos dos
poderosos para poder lucrar e a esposa fechando os olhos para a
situação, até que algumas situações a fazem despertar para a verdadeira
situação do país.
Destaque para a casal principal, que voltaria a atuar juntos
quase vinte anos depois em “O Filho da Noiva”.
O sucesso do filme fez o diretor
Luis Puenzo ser convidado a comandar o drama “Gringo Velho” em Hollywood, um
filme razoável que foi detonada pela crítica. Já sua filha Lucia Puenzo dirigiu
o sensível drama “XXY”.
2 comentários:
Eu gostei muito deste filme. Corajoso para a época.
M - Sem dúvida um filme corajoso e realista.
Abraço
Postar um comentário