sábado, 21 de janeiro de 2012

Vivendo na Corda Bamba

Vivendo na Corda Bamba (Blue Collar, EUA, 1978) – Nota 7
Direção – Paul Schrader
Elenco – Richard Pryor, Harvey Keitel, Yaphett Kotto, Ed Begley Jr, Cliff De Young, Lane Smith.

Numa fábrica de automóveis em Detroit, três operários cansados dos baixos salários e de serem enganados pelo sindicato, resolvem roubar um cofre dentro da sede do próprio sindicato. 

O trio é formado por Zeke (Richard Pryor), casado e pai de três filhos, Jerry (Harvey Keitel), também casado, tem dois filhos e mantém um segundo emprego num posto de gasolina para completar a renda e o terceiro amigo é Smokey (Yaphett Kotto), um ex-presidiário que gosta de curtir a vida com drogas e mulheres. As conseqüências da execução do plano serão complemente diferentes dos que eles imaginavam e afetará a vida de cada um e de suas famílias. 

Analisando a escolha do comediante Richard Pryor para um dos papéis principais, junto com as primeiras sequências do filme, principalmente um discussão entre ele e um sindicalista (Lane Smith), temos a impressão de que a história seguiria para o lado da comédia, inclusive com a forma em que o plano de roubo é criado e executado, porém a partir daí o roteiro muda o rumo, focando temas fortes e ainda atuais, como a corrupção dos sindicatos, o conluio entre sindicalistas e patrões e principalmente os meios utilizados para manter os empregados sempre dependentes destas duas instituições, fazendo-os acreditar que não existe outra saída, senão aceitar as regras e se calar. 

Paul Schrader ficou famoso com o roteiro de “Taxi Driver” que abriu as portas de Hollywood para que ele se tornasse também diretor e este filme acabou sendo sua estréia. 

Hoje o estilo do filme pode parecer datado, assim como o início um pouco frouxo, mas a segunda parte vale como uma forte crítica social sobre poder, corrupção e trabalho. 

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