Direção –
Paul Schrader
Elenco –
Richard Pryor, Harvey Keitel, Yaphett Kotto, Ed Begley Jr, Cliff De Young, Lane
Smith.
Numa fábrica de automóveis em Detroit, três operários
cansados dos baixos salários e de serem enganados pelo sindicato, resolvem
roubar um cofre dentro da sede do próprio sindicato.
O trio é formado por Zeke
(Richard Pryor), casado e pai de três filhos, Jerry (Harvey Keitel), também
casado, tem dois filhos e mantém um segundo emprego num posto de gasolina para
completar a renda e o terceiro amigo é Smokey (Yaphett Kotto), um
ex-presidiário que gosta de curtir a vida com drogas e mulheres. As
conseqüências da execução do plano serão complemente diferentes dos que eles
imaginavam e afetará a vida de cada um e de suas famílias.
Analisando a
escolha do comediante Richard Pryor para um dos papéis principais, junto com as
primeiras sequências do filme, principalmente um discussão entre ele e um
sindicalista (Lane Smith), temos a impressão de que a história seguiria para o
lado da comédia, inclusive com a forma em que o plano de roubo é criado e
executado, porém a partir daí o roteiro muda o rumo, focando temas fortes e
ainda atuais, como a corrupção dos sindicatos, o conluio entre sindicalistas e patrões
e principalmente os meios utilizados para manter os empregados sempre dependentes
destas duas instituições, fazendo-os acreditar que não existe outra saída, senão
aceitar as regras e se calar.
Paul Schrader ficou famoso com o roteiro de “Taxi Driver” que abriu as portas de Hollywood para que ele se tornasse também diretor e este filme acabou sendo sua estréia.
Hoje o estilo do filme pode parecer datado, assim
como o início um pouco frouxo, mas a segunda parte vale como uma forte crítica
social sobre poder, corrupção e trabalho.
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