quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

W.


W. (W., EUA, 2008) – Nota 7,5
Direção – Oliver Stone
Elenco – Josh Brolin, Elizabeth Banks, Richard Dreyfuss, James Cromwell, Ellen Burstyn. Toby Jones, Jeffrey Wright, Scott Glenn, Dennis Boutsikaris, Thandie Newton, Bruce McGill, Colin Hanks, Michael Gaston, Marley Shelton, Noah Wyle, Jason Ritter, Brent Sexton, Stacy Keach, Ioan Gruffudd.

O polêmico diretor Oliver Stone conta aqui parte da vida do também polêmico presidente americano George W. Bush. O roteiro foca a vida de Bush (Josh Brolin) como presidente e após os atentados de 11 de Setembro e a invasão do Afeganistão, quando ele precisa decidir de acordo com as informações de seus assessores, se deve ou não invadir também o Iraque. Em paralelo é mostrada a vida de Bush antes da presidênca, começando em 1966 quando ele entra para a Universidade Yale e durante um trote de sua fraternidade diz com todas as palavras que não interesse algum em seguir a carreira política, quase uma obrigação em sua família. 

Depois conheceremos todos os fracassos de sua vida profissional, que são ao mesmo tempo resolvidos pela pai (James Cromwell), mas que deixa a sensação em Bush de que ele não é o filho predileto. Na fase como presidente, é interessante analisar como age cada assessor próximo. Bush é mostrado como um sujeito normal que chegou ao cargo pela influência do pai e que acaba se tornando uma marionete nas mãos de um grupo de pessoas com interesses próprios. 

O vice-presidente Dick Cheney (Richard Dreyfuss) é mostrado como um sujeito maquiavélico, que consegue influenciar todas decisões de Bush. Donald Rumsfeld (Scott Glenn) como alguém meio maluco, que pensa apenas na guerra, a assistente Condolezza Rice (Thandie Newton) como uma puxa-saco sem idéias próprias e o militar Colin Powell (Jeffrey Wright) como a voz da razão, que talvez por falta de coragem, acaba aceitando os absurdos cometidos por Cheney e seu grupo. 

A interpretação de Josh Brolin é perfeita, passa todo o sentimento de alguém que deseja mostrar força, porém no fundo é totalmente inseguro. Por sinal, a carreira de Josh Brolin é no mínimo curiosa, filho ator James Brolin que teve alguma fama nos anos setenta e oitenta, Josh apareceu nos anos noventa em papéis de coadjuvante até conseguir alguma fama no suspense “O Homem sem Sombra” de Paul Verhoeven em 2000. Depois até 2007 teve poucos trabalhos e deixava a impressão que sua carreira não iria decolar, mas tudo mudou quando fez “Onde os Fracos Não Tem Vez” dos Irmãos Cohen. Em seguida apareceram bons papéis e hoje ele está entre os atores mais solicitados de Hollywood.

5 comentários:

Roberto Simões disse...

Satiricamente moderado, com tanto instinto de gozo como um não-sei-quê de admiração pela figura de Bush 2. Oliver Stone filma bem o biopic, Josh Brolin tem uma interpretação fabulosa e as restantes interpretações respeitam os modelos, exemplarmente.
Não sei se os avanços e recuos da narrativa terão uma grande razão de ser, mas tão-pouco prejudicam o filme; isso seguramente. Artisticamente falando, a obra não aquece nem arrefece, mas nem sempre temos que esperar arte de um biopic, como é evidente.

Cumps.
Roberto Simões
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Amanda Aouad disse...

Sempre tive curiosidade com esse filme, mas ainda não tive oportunidade de conferir.

Boa análise.

bjs

Jenifer Torres disse...

Adoro o Josh Brolin. Ele está simplesmente fantástico em Milk.
Abraços.

Gema disse...

Tenho este filme em dvd, mas ainda não tive oportunidade para o ver :S

Hugo disse...

Roberto - A minha surpresa também foi a crítica não tão grande de Stone sobre a figura de Bush. Em algumas momentos sentimos até simpatia pelo personagem, mas no fica claro que ele era totalmente despreparado para um cargo tão importante.

Amanda - Assista, é uma visão interessante sobre um personagem tão controverso.

Jenifer - Parece que agora ele engatou de vez na carreira.

Gema - Assista, acredito que você irá gostar.

Abraço a todos