sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Ao Mestre com Carinho & Conrack



O cinema já produziu dezenas de filmes que mostram o professor como uma espécie de herói, despertando e motivando alunos através de palavras, gestos e ensinamentos. Este "gênero" se iniciou nos anos sessenta com o hoje clássico "Ao Mestre com Carinho" tendo um professor negro ensinando jovens brancos de classe média e foi copiado no bom sentido na década de setenta em "Conrack", onde um professor branco lutava para ensinar crianças negras de um comunidade pobre. Nos anos oitenta em diante o tema gerou filmes como "O Preço do Desafio", "A Sociedade dos Poetas Mortos", "Mentes Perigosas" e diversos outros trabalhos.

Nesta postagem escrevo um pouco sobre os dois longas mais antigos que marcarem época. 

Ao Mestre Com Carinho (To Sir, With Love, EUA, 1967) - Nota 7,5
Direção – James Clavell
Elenco – Sidney Poitier, Judy Geeson, Suzy Kendall, Lulu, Christian Roberts. 

O engenheiro desempregado e negro Mark Thackeray (Sidney Poitier) é contratado como professor para lecionar em um colégio de Londres onde os alunos são brancos. A primeira reação dos alunos é desacreditar o sujeito e tentar fazer com que peça demissão, porém Mark enfrenta o preconceito para dar uma lição de vida aos jovens. 

Este clássico fez crescer e muito a fama do astro Sidney Poitier, que no mesmo ano trabalhou em outro longa que também toca no tema do preconceito sem exageros, a ótima comédia “Adivinhe Quem Vem Para Jantar?”. 

A música tema cantada por Lulu (que também atua como uma das alunas) é uma da mais conhecidas da história do cinema.

Conrack (Conrack, EUA, 1974) – Nota 7,5
Direção – Martin Ritt
Elenco – Jon Voight, Hume Cronyn, Madge Sinclair, Paul Winfield, Antonio Fargas.

No final dos anos sessenta, durante a Guerra do Vietnã, o branco Pat Conroy (Jon Voight) é contratado como professor para lecionar em um ilha no estado da Carolina do Sul. Conroy que era racista na juventude e percebeu como estava errado, aceita o emprego como uma espécie de redenção, pois terá de ensinar um grupo de crianças negras analfabetas. 

Toda a população da ilha é negra, exceto um comerciante e a escola está praticamente caindo as pedaços, onde o professor terá ainda de lidar com a diretora, Sra. Scott (Madgie Sinclair), que acredita que todas as crianças negras são lentas e preguiçosas, devendo ser ensinadas na base do chicote. 

Conroy que passa a ser chamado pelas crianças de Conrack, já que elas não conseguem entender seu nome, tentará mudar as coisas e ajudar as crianças, mesmo que para isso entre em conflito com o racista supervisor escolar Sr. Skeffington (Hume Cronyn), que mora numa cidade próxima à ilha, sendo seu chefe. 

O longa é praticamente uma aula de solidariedade e amor as crianças, onde o personagem de Jon Voight tentar ensinar algo mais que as matérias escolares, ao perceber que aquelas crianças precisam aprender sobre coisas básicas da vida. 

O falecido diretor Martin Ritt tocou no tema preconceito outras vezes em sua carreira, como no faroeste “Hombre” com Paul Newman e no drama sobre operárias “Norma Rae” com Sally Field. 

5 comentários:

M. disse...

Oi Hugo! Taí um dos melhores filmes da sessão da tarde! Adorei o post.

Anônimo disse...

adoro 'ao mestre com carinho'... e a música da lulu é linda!

Rof disse...

Já faz muito tempo que não vejo. mas merecordo que vi na Sessão da Tarde mesmo. Vale muito a pena.

Abração Hugo

Hugo disse...

M- Clássico absoluto da sessão da tarde.

Kahlil - A música tema também é clássica.

William - Acho que todos que viveram nos anos oitenta e gostam de cinema já assistiram este filme.

Abraço a todos

Gema disse...

Gostei muito do Mestre com Carinho... Sidney Poitier estava excelente no filme ;)