A Questão Humana (La Question Humaine, França, 2007) – Nota 7
Direção – Nicolas Klotz
Elenco – Mathieu Amalric, Michael Lonsdale, Edith Scob, Lou Castel, Jean Pierre Kalfon, Valérie Dréville, Laetitia Spigarelli, Delphine Chuillot.
Simon Kessler (Mathieu Amalric) é um psicólogo especialista em recursos humanos contratado por uma multinacional alemã chamada “Farb” para criar mecanismos e minimizar os problemas de uma reestruturação de pessoal, traduzindo, demitir centenas de pessoas e criar dinâmicas para manter motivados os executivos, com o objetivo de aumentar a produtividade da empresa.
Simon consegue os resultados que a empresa esperava e ganha a confiança do vice-diretor (Jean Pierre Kalfon), que o convida para um trabalho especial: Analisar discretamente o comportamento do diretor geral, Mathias Just (Michael Lonsdale), que dizem estar tendo um comportamente estranho, com atitudes fora do normal, além de parecer sofrer de depressão.
Simon aceita o desafio e recebe inclusive um lista com data e horário das chamadas atitudes estranhas de Mathias. Para se aproximar do diretor, Simon alega estar planejando criar uma orquestra de funcionários e como Mathias fora participante de um quarteto musical na empresa anos atrás, usa este fato para se aproximar do homem.
O que a princípio parece ser apenas uma análise pessoal, se transforma em algo muito mais profundo quando Mathias mostra todo seu amor e ao mesmo tempo ódio pela música, conta um pouco de sua infância e entrega a Simon algumas cartas anônimas que ele recebeu falando sobre seu pai. Estas descobertas afetam profundamente Simon, que mostra um postura profissional séria, mas em sua vida particular sofre com o amor complicado por um cantora e um caso com uma colega de trabalho, além de presenciarmos uma sequência numa festa rave onde ele coloca para fora toda a sua angústia.
Não é um filme para todos, o ritmo é lento e em alguns momentos as cenas são pontuadas apenas por músicas, tendo como ponto forte a história que faz um paralelo cruel e infelizmente verdadeiro sobre as semelhanças entre o mundo corporativo atual e o nazismo, que utilizam a exclusão dos diferentes para mostrar a força de sua política, não se importando com o fator humano. Isto fica claro na bela sequência final, onde o personagem Arie Neumann (Lou Castel) conta uma passagem de sua vida a Simon e fica claro o porquê de tudo o que aconteceu no filme.
3 comentários:
Adeus, ano novo!
Saudações Hugo, tudo jóia?
Mais uma grande postagem. Parabéns e que em 2011 continue a brilhar. Saúde e Paz.
Herculano - Ano Novo!
Paulo - Tudo ótimo. Que 2011 seja ótimo para todos nós.
Abraço
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